Enquanto diversos setores industriais estão com problemas, o otimismo marcou as declarações na abertura da décima edição da feira marítima Marintec-Navalshore, no Rio. Sergio Leal, do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), destacou que os atuais 72 mil empregados dos estaleiros poderão se tornar 100 mil, dentro de dois ou três anos. Augusto Mendonça, da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval (Abenav), lembrou que o total de obras é de 350, com valor estimado em US$ 45 bilhões; citou que só os 30 navios-sonda já contratados representam US$ 25 bilhões.
Repleto de otimismo, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, revelou que o período de retomada da construção naval já ficou para trás e que a atual etapa é a de melhoria da gestão, para competir no mercado externo. Manifestou crença na capacidade dos estaleiros e citou que o Atlântico Sul, de Pernambuco, teve de refazer 30% de sua primeira obra, o navio João Cândido, 12% do segundo e, no terceiro navio, houve “retrabalho” de apenas 3%. Em mensagem aos brasileiros disse: “Sejamos menos críticos e mais visionários, para alcançar sucesso no futuro”.
Entre os armadores, Roberto Galli, do sindicato da classe, o Syndarma, afirmou que a reforma portuária deverá estimular a cabotagem,o que foi confirmado por Fernando Fonseca, diretor do órgão regulador do setor, a Antaq. Ronaldo Lima, presidente da Associação Brasileira de Armadores de Apoio Marítimo (Abeam), citou, com um sorriso, que a Petrobras acaba de lançar novo edital para contratação de mais dessas unidades – para fazer face à exploração atual e ainda ao desenvolvimento do pré-sal. Antônio Gil Silveira, superintendente executivo da Caixa, revelou que a instituição federal já emprestou R$ 5 bilhões ao setor marítimo e que pretende elevar sua participação junto a estaleiros e armadores. Os dois candidatos à presidência da Federação das Indústrias do Rio (Firjan), em campanha, para o pleito do dia 19, não compareceram: o atual presidente Eduardo Vieira e o candidato de renovação, Ariovaldo Rocha, do Sinaval.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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