BRASÍLIA - O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, disse que seus telefones pessoais foram grampeados há dois anos e meio. A declaração foi feita após o fim da audiência pública na Câmara dos Deputados, realizada hoje.
Segundo Pagot, uma pessoa ainda não identificada ligou para ele no dia 5 de julho – portanto, após a publicação da matéria da revista “Veja” com as denúncias sobre o Ministério dos Transportes – e pediu um telefone fixo para contato. Pagot passou o número do telefone da casa onde estava. A pessoa relatou que seus telefones pessoais estavam grampeados há mais de dois anos. Para comprovar a informação, a pessoa relatou a Pagot três conversas que o diretor do Dnit teve neste período.
“Eu não tenho nenhum problema em quebrar meu sigilo bancário e telefônico, até porque estou sendo monitorado há muito tempo”, disse Pagot.
O diretor do Dnit, que oficialmente está de férias, disse que vai procurar a Polícia Federal para que investigue os grampos telefônicos. Pagot voltou a dizer que pretende ficar à frente da autarquia, mas que isso dependerá de uma decisão da presidente Dilma Rousseff. Sua permanência é defendida pelos integrantes de seu partido, o PR, entre outros membros da base aliada.
(Fonte:Valor Econômico/André Borges)
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