A Autoridade Marítima do Panamá retirou mais de 650 embarcações de seu registro desde 2019, como parte de um esforço para aplicar sanções dos EUA e impor regras mais rígidas à frota sob sua bandeira. Somente no último ano, 214 navios foram excluídos após a implementação de medidas que permitem respostas mais rápidas às violações. Esses navios não podem mais navegar sob a bandeira panamenha após sua remoção.
A ação responde a críticas da organização Unidos Contra o Irã Nuclear (UANI), que acusou o Panamá de não combater de forma suficiente o transporte de petróleo iraniano. A UANI afirmou que quase 20% dos navios suspeitos de transportar petróleo iraniano usam bandeira do Panamá e classificou essa situação como uma ameaça à aplicação das sanções globais e à segurança dos EUA.
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Em 2019, o Panamá firmou um acordo com países como Libéria e Ilhas Marshall para compartilhar informações sobre embarcações rejeitadas ou removidas por possíveis violações. Também passou a adotar medidas contra navios que desligam seus transponders para evitar rastreamento. Mais recentemente, em maio, anunciou o reforço dos controles sobre operações entre navios com bandeira panamenha, especialmente em resposta ao crescimento da chamada "frota escura", usada para burlar sanções e requisitos ambientais. O governo dos Estados Unidos tem pressionado países com grandes registros navais a reforçarem a aplicação de sanções. Em meio a esse cenário, o Panamá afirmou estar colaborando com os EUA para garantir a integridade de seu registro naval.