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Para Sinaval, qualquer que venha a ser o presidente, política para o setor deve ser mantida

Qualquer que venha ser o novo presidente do país, a política para a indústria naval não sofrerá grandes modificações. A afirmação é do presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Santana Rocha, para quem o setor tem contratos em curso que vão até o ano de 2017 e que precisam ser cumpridos.
- Qualquer que seja o presidente é impossível de se fazer uma mudança radical na política atual, que é uma política industrial sábia, inteligente e geradora de emprego e distribuição de renda no país. Além disso, é preciso ter competitividade na conta frete - comentou, alertando que é um absurdo a conta frete de um país girar em torno de US$ 15 bilhões/ano - a forma de redução dessa conta, é construir embarcações. O afretamento não significa somente o transporte de material para o exterior, significa importação de equipamentos para trabalhar nas atividades de óleo e gás do país e também o pré-sal.
Para Rocha, se vencer o partido que está no governo atual, a política para o setor terá continuidade. No entanto, se for outro partido, sem dúvida o novo presidente vai avaliar e ver que o setor é gerador de emprego e renda.
- Seja quem for, ele não vai simplesmente fazer qualquer coisa que venha danificar esse segmento, que já foi danificado na década de 70. Não seria agora viável o setor não ser competitivo com o mundo.
O presidente do Sinaval frisou ao MONITOR MERCANTIL que o setor está preocupado com a possibilidade do principal insumo para se construir um navio, aço, sofrer um aumento significativo. O aço, segundo ele representa cerca de 23% do custo de uma embarcação e, se este produto sofrer uma elevação, um aumento substancial, o preço do navio vai aumentar quase na mesma proporção.
- Isso significa dizer que fica incompatível com o mercado internacional e que já estamos vivendo. Tem aço muito barato na Ásia. Então, caso isso aconteça, teremos sérios problemas aqui, no Brasil. Não vamos ser, mais uma vez, competitivo com o mercado internacional em função do preço do aço aqui com esse aumento.
Ariovaldo acredita que a importação do aço é a saída mais viável, caso esse aumento seja concretizado.
- Nós temos negociado tanto o quanto possível com as empresas fornecedoras de aço plano, que é o nosso caso. E se não for possível, a importação é a solução. Nós não podemos deixar de sermos competitivo com o mercado internacional.
Quanto a real possibilidade do Estado do Rio de Janeiro perder recursos oriundo dos royalties do petróleo e participações especiais, Rocha afirmou que a entidade é contra essa decisão. Na sua opinião, um estado produtor, como o rio, não pode perder esses recursos. E afirmou que, caso isso aconteça, o setor não será afetado.
- Evidentemente, se tiver uma redução de royalties, você vai deixar de ter uma infra-estrutura melhor oferecida pelo governo. Então, nós somos totalmente contrários.
No que diz respeito a qualificação de mão-de-obra especializada para o setor, Rocha frisou ao MM que o setor fez o "dever de casa". Mas, admitiu que esse problema afeta o setor.
- Então, lá no Ceará estão implantando um estaleiro. Nós estamos, previamente, fazendo treinamento, fazendo qualificação para que nós não tenhamos esse problema que possa ocorrer em outro segmento. No meu setor há uma disputa, um desacerto ainda na parte dos profissionais, mas nós estamos equacionando e não temos nenhuma necessidade no momento. Nós nos preparamos e fizemos a lição de casa - comentou, acrescentando que o Rio de Janeiro não tem mais área física para abrigar um estaleiro de grande porte. Sepetiba, segundo ele, é um local problemático, ou seja, "um custo muito alto para se fazer um investimento, a não ser a área pronta que está sendo usada pela Odebrecht com os navios de Marinha".
Quanto a reabertura do estaleiro Caneco, Rocha disse este problema será resolvido ainda neste primeiro semestre. E acrescentou que tem conversado com o presidente Mauro Campos e que o problema só depende da realização do leilão, que deve ocorrer em junho.
- Hoje a Rionave arrendou o local. Acredito que até junho isso já esteja resolvido. Será mais um player para construir os navios da Transpetro. O Caneco é um estaleiro que tem área para ampliação. No momento ele faz até Panamax e pode construir módulos para plataforma. Mas para Suezmax e navios maiores para transporte de minério, ele terá que fazer uma ampliação e isso dificulta um pouco, mas é hoje considerado um estaleiro de grande porte.

Fonte: Monitor Mercantil

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