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Paraná na mira da engenharia submarina

Com um investimento previsto de R$ 100 milhões, a empresa Subsea 7 vai instalar na cidade de Pontal do Paraná, no litoral do Estado, o projeto Parque de Construção Submarina do Paraná.

Será construída uma unidade para soldagem de tubos destinados para as conexões entre poços de petróleo e as plataformas, na exploração de óleo e gás em águas profundas.

A empresa, líder neste segmento no País, visa a produção de petróleo da camada pré-sal da Bacia de Santos. A Subsea 7 tem uma unidade similar na cidade de Anchieta, no Espírito Santo, mas já existe demanda para um maior quantidade de serviços após a descoberta de petróleo na camada pré-sal.

Será possível, na planta paranaense, montar tubulações de 1,3 quilômetro. Hoje, a empresa consegue até 900 metros de tubos em sua base em Anchieta. Posteriormente eles são enrolados em um navio especial, que leva o material até alto mar para a instalação.

Segundo o presidente da Subsea 7 no Brasil, Victor Snabaitis Bomfim, todo o processo para a aquisição da área de 2,6 mil hectares em Pontal do Paraná começou em 2007.

A escolha pesou pela proximidade com a parte sul da Bacia de Santos, que vai até Santa Catarina; o fato de se ter acesso por uma baía, no caso a de Paranaguá; e a proximidade com cidades estruturadas, como Paranaguá e Curitiba.

“O Paraná nunca foi muito voltado para o mar. Acreditamos que de alguma forma para o Estado (o empreendimento) possa colocar um foco um pouco diferente, de que o litoral também pode ter atividade industrial”, comentou.

Royalties

José Augusto Fernandes, diretor da empresa, lembra que a instalação de empresas ligadas à exploração do petróleo da camada pré-sal pode ajudar o Paraná a requerer parte dos royalties vindos com a atividade.

Dados da Subsea 7 indicam que a empresa pode gerar em Pontal do Paraná cerca de R$ 3,8 milhões por ano em Imposto sobre Serviços (ISS) e outros R$ 10,8 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o Estado anualmente.

“Dependemos de clientes e todo mundo está trabalhando com um desenvolvimento crescente”, afirmou. De acordo com a empresa, todo o projeto de instalação e funcionamento da unidade em Pontal do Paraná está pautado na preservação ambiental.

Somente 3% dos 2,6 mil hectares adquiridos receberão as instalações. Será construída uma pequena estrada dentro da área para o transporte de funcionários e de cargas leves.

Os tubos e cargas pesadas serão encaminhadas para a unidade por meio de embarcações. A plataforma não será construída na costa, e sim já no mar, com uma ponte sobre o mangue.

Esta medida também evitará a necessidade de dragagem. A empresa se beneficiará com a profundidade natural neste local. A Subsea 7 tem a licença prévia emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), e vai entregar em breve toda a documentação para a licença de instalação.

No terreno, que é degradado, será criada uma unidade de conservação. O projeto ainda prevê medidas para amparar duas comunidades indígenas da região. Estima-se que a operação da unidade comece no final deste ano.

Fonte: O Estado do Paraná/Joyce Carvalho


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