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Parnaíba fecha 2014 com lucro em alta

Em seu primeiro ano sob o comando do fundo de investimentos Cambuhy (que tem a família Moreira Salles entre seus sócios), a Parnaíba Gás Natural (antiga OGX Maranhão) encerrou 2014 com um lucro líquido de R$ 122 milhões, resultado 863% maior frente aos R$ 12 milhões registrados em 2013. Em entrevista exclusiva ao Valor, o presidente da companhia, Pedro Zinner, comemora o desempenho financeiro, traça planos de expansão dos investimentos e de captação no mercado, mas dá um tom realista a sua gestão, numa tentativa de dissociar a imagem da empresa da de Eike Batista e recuperar a credibilidade da empresa.

"O que não queremos é vender o que não temos. Não existe meia Bolívia de gás (em referência ao anúncio feito por Eike em agosto de 2010) nos blocos operados pela Parnaíba, mas posso garantir que temos gás suficiente para atender os contratos com a Eneva e estamos trabalhando para ter até um excedente", disse Zinner, ex-tesoureiro do BG Group, e que comanda a Parnaíba desde início de 2014.

Segunda maior produtora de gás do país, atrás apenas da Petrobras, a Parnaíba se orgulha de trabalhar no azul, enquanto a maioria das antigas empresas de Eike, como a OGX, OSX, MMX Sudeste e Eneva, convive com recuperações judiciais. No ano passado, a PGN registrou uma receita líquida de R$ 582 milhões, 80% maior que a de 2013, e um Ebitda 72% superior, de R$ 404 milhões. O resultado é atribuído ao aumento da produção e à redução das despesas gerais e administrativas.

Para este ano, a Parnaíba prevê investir cerca de R$ 506 milhões, ante os aportes de R$ 265 milhões no ano passado. O plano é perfurar 22 poços, naquela que promete ser a maior campanha privada de exploração em terra no Brasil.

"É um momento em que a indústria está mais cautelosa, mas o investimento que temos feito é para atender uma demanda que é praticamente cativa [as térmicas da Eneva]. O risco é reduzido nesse sentido. Ao mesmo tempo, investir num momento em que todo mundo está colocando o pé no freio dá um poder maior de barganha com os fornecedores", afirmou.

Os investimentos deste ano serão bancados, em parte, pelo caixa da companhia, que encerrou 2014 com R$ 131 milhões disponíveis, e a partir da emissão de debêntures. O conselho de administração já aprovou, inclusive, uma emissão de R$ 200 milhões, conversíveis em ações, para abril. Zinner vê a emissão como um teste para a credibilidade da companhia.

O executivo explica que o principal foco da empresa é aumentar a produção para cumprir com os compromissos assumidos com a Eneva, para entrega de gás à termelétrica Parnaíba II, no Maranhão. A geradora assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no qual se compromete a iniciar a operação da usina até julho de 2016. Inicialmente, a usina estava prevista para operar em março de 2014, mas o cronograma foi adiado, em parte, porque a Parnaíba não conseguiu assegurar o fornecimento de gás no prazo, o que jogou a empresa numa crise de credibilidade no mercado.

"Nosso investimento para 2015 é basicamente para atender a demanda vinculada aos contratos com a Eneva. Estamos concentrando nossos esforços para tentar conectar o mais rápido possível Gavião Branco e Santa Vitória. A previsão é que a produção comece em 2016", disse Zinner.

A companhia pretende investir este ano na construção de um gasoduto de 40 quilômetros que conectará Gavião Branco à unidade de tratamento de gás de Gavião Real, cuja capacidade será ampliada de 6,4 milhões para 8,4 milhões de metros cúbicos diários de gás. A companhia também tem planos de declarar este ano a comercialidade das descobertas Santa Vitória, Sudeste Bom Jesus, Fazenda Chicote e Fazenda Santa Isabel.

Zinner também disse que não vê motivos para preocupação com a recuperação judicial da Eneva. Ele explica que as termelétricas da empresa, suas únicas clientes, são sociedades de propósito específico independentes e que não entraram no processo de recuperação judicial da ex-MPX. Ainda segundo o executivo, a Parnaíba também tem planos de participar de novos leilões e avalia aquisições.

Fonte:Valor Econômico/André Ramalho | Do Rio






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