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Perto do cliente - Finpro inaugura escritório no RJ

Os expressivos números do Pré-Sal e o enorme potencial de encomendas de navipeças têm feito com que alguns países estreitem ainda mais seus laços comerciais com o Brasil.  Um deles é a Finlândia, tradicional fabricante de equipamentos de alta tecnologia. O aumento do interesse em fazer negócios com o mercado naval brasileiro está levando o Finpro, órgão de fomento finlandês ligado ao ministério da Economia, a abrir escritório no Rio de Janeiro, onde estão concentradas as principais empresas ligadas ao setor naval, além da Petrobras. A inauguração está prevista para agosto. O Finpro está instalado em São Paulo há 20 anos e nos últimos dois tem sido cada vez mais consultado por empresas finlandesas interessadas em vender para Petrobras, estaleiros e empresas de navegação nacionais. Oito delas estão se instalando no Brasil neste ano.  Duas outras, Wärtsilä e ABB, em breve darão início à ampliação de suas instalações no país.

“O motivo da abertura do escritório é atender às oportunidades da cadeia de valor da indústria naval e de óleo &gás brasileira. Estando no Rio, onde estão concentrados os negócios do setor e também a Petrobras, poderemos ajudar mais as empresas finlandesas a se fixarem  no Brasil”, explica o diretor regional do Finpro para a América Latina, Matti Landi.

Segundo ele, o mercado brasileiro está muito aquecido por conta da grande quantidade de encomendas de embarcações que serão necessárias ao atendimento ao Pré-sal. “Como o crescimento está sendo rápido, se instalar aqui pode ser um facilitador na hora de fazer negócios, “ acredita ele.

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No ano passado um grupo de engenheiros e dirigentes da Petrobras esteve em visita comercial à Finlândia e tiveram encontros com cerca de 50 empresários finlandeses. Depois de visitas aos estaleiros brasileiros e de conhecerem melhor o potencial do mercado algumas delas decidiram se instalar no Brasil e praticamente todas estão firmando parcerias com fornecedores nacionais para atender às exigências de conteúdo local.  Segundo ele, algumas delas já venderam para o mercado brasileiro mas acreditam que com parte da produção local poderão fomentar mais os negócios.

Entre as empresas finlandesas que recentemente se instalaram no Brasil está a GS Hydro.  Fabricante de sistemas de conexão de tubulações hidráulicas e pneumáticas sem uso de solda, ela tem grandes clientes na Europa, principalmente na Noruega, e vislumbrou um excelente potencial no mercado brasileiro em função das encomendas da Petrobras. Esse tipo de sistema é mais usado em embarcações como FPSO, navios-sonda e barcos de apoio. Ou seja, tudo o que mais o Brasil construirá nos próximos anos.

A empresa já vendeu um projeto de instalação hidráulica para a Tecnip. O sistema de tubulação, com mais de três quilômetros, foi instalado no navio da Norskan, Skandi Vitória. Todo o pacote hidráulico foi importado da Espanha. É uma tubulação especial, que não existe no Brasil. Cerca de 35% do custo se refere ao material e 65% são para os trabalhos de montagem, instalação e comissionamento.

Entre as vantagens do sistema da GS Hydro estão os custos de montagem mais baixos e tempo de montagem cerca de 50% menor.  Por se tratar de sistemas de alta pressão e grandes espessuras, o trabalho de solda é muito grande e estratégico.  Não haver soldagem pode ser um diferencial importante, mesmo que a tecnologia seja mais cara.

De acordo com Fernando Guarido Vila, gerente do escritório comercial, a empresa já identificou dois parceiros no Brasil.  Com um deles inclusive já está preparando projeto para apresentar ao fornecedor do equipamento de drilling dos navios-sonda que o Atlântico Sul construirá para a Petrobras. A outra parceria se refere à parte de montagem.  Segundo Vila, outras parcerias ainda poderão surgir. “O leque de oportunidades é amplo”, garante ele.

Atualmente as empresas finlandesas geram cerca de 20 mil empregos no Brasil e faturam cerca de R$ 8 bilhões anuais.  Já as exportações do Brasil para a Finlândia somam cerca de R$ 1.14 bilhão, sete vezes menos. Os principais setores onde elas atuam no Brasil são o de energia, papel e celulose, mineração e telecomunicações. Em breve é bem possível que também o setor naval tenha um lugar de destaque nesta lista.



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