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Petrobras anuncia corte de 37% nos investimentos

A Petrobras enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na manhã de ontem, segunda-feira, fato relevante contendo o plano de negócios para o período de 2015 a 2019. No documento, a empresa informa que vai investir no período US$ 130,3 bilhões, uma redução de 37% em comparação ao plano anterior. É o menor nível atingido pela empresa desde 2008. São US$ 90,3 bilhões a menos do que a proposta para 2014/2018, que previa investimentos de US$ 220,6 bilhões.

A estatal informa ainda que espera vender mais ativos que o planejado inicialmente e que reduziu suas metas de produção. O montante de desinvestimentos em 2015/2016 foi revisado para ?US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na exploração e produção, 30% no abastecimento e 40% no gás e energia). A previsão anterior era vender US$ 13 bilhões. A estatal prevê ainda "desinvestimentos adicionais", totalizando US$ 42,6 bilhões em 2017/2018.

A companhia informou que espera alcançar uma produção total de óleo e gás (Brasil e internacional) de 3,7 milhões de barris de óleo equivalente em 2020. O número é 30,2% menor que os 5,3 milhões previstos antes.

Só no Brasil, a produção de petróleo e gás natural sofrerá uma forte redução nos próximos anos em relação ao plano anterior. Para 2020, a produção prevista agora é de 2,8 milhões de barris diários, contra 4,2 milhões previstos anteriormente - uma queda de 33,3%. Já para este ano, a produção ficará em 2,1 milhões de barris por dia contra os 2,4 milhões de barris previstos anteriormente.

A Petrobras destaca que seu plano de negócios para os próximos cinco anos tem o objetivo principal de reduzir o elevado nível de endividamento da companhia. O plano prevê o retorno da alavancagem às seguintes metas: alavancagem líquida inferior a 40% até 2018 e a 35% até 2020, e endividamento líquido/Ebitda inferior a 3 vezes até 2018 e a 2,5 vezes até 2020.

Dos US$ 130,3 bilhões que serão investidos de 2015 a 2019, 83%, ou seja, US$ 108,6 bilhões serão aplicados nas áreas de exploração e redução, incluindo nesse valor US$ 4,9 bilhões em negócios no exterior.

A área de abastecimento, que foi um dos maiores focos do caso de corrupção revelados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, receberá apenas US$ 12,8 bilhões, 10% do total. Está incluída nesses investimentos a alocação de recursos para a área de distribuição. O setor de gás e energia terá um total de US$ 6,3 bilhões, 5% do total. Outras áreas ficarão com ?US$ 2,6 bilhões, 2% dos investimentos totais.

As premissas usadas pela Petrobras para a elaboração do Plano de Negócios foram: preços dos derivados no Brasil com paridade de importação; preço do Brent (médio) a US$ 60,00 o barril em 2015 e US$ 70,00 no período 2016/2019; taxa de câmbio (média a US$ 3,10 neste ano, US$ 3,20 em 2016, US$ 3,29 entre os anos 2017 e 2019, e? US$ 3,56 em 2020).

Em maio, a Petrobras informou que fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 5,330 bilhões, uma leve queda de 1% em comparação aos R$ 5,393 bilhões obtidos nos três primeiros meses do ano passado. O resultado veio acima das expectativas do mercado, que projetava números "fracos", entre R$ 2,4 bilhões e ?R$ 4 bilhões para o período.

A divulgação ocorreu menos de um mês depois de a Petrobras ter divulgado o balanço do terceiro trimestre do ano passado e de todo o ano de 2014, auditado, com cinco meses de atraso, por conta das investigações da Lava Jato. A companhia registrou no ano passado um prejuízo de R$ 21,587 bilhões, o primeiro resultado negativo desde 1991.

O quarto trimestre de 2014, quando houve prejuízo de R$ 26 bilhões, foi especialmente afetado pelas baixas contábeis relacionadas à má gestão e as práticas de corrupção apontadas pela PF. No primeiro trimestre de 2015, não houve esse efeito Lava Jato.
Prevendo derrota, governo propõe preferência para pré-sal

O governo vai apresentar uma proposta alternativa ao projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que acaba com a obrigação de a Petrobras ser a operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração do pré-sal. Ciente de que não dispõe de votos suficientes para barrar o texto do tucano, que está na pauta desta terça-feira, o Palácio do Planalto liberou aliados no Senado a propor uma espécie de "trava" para que a estatal tenha ao menos a preferência na extração de petróleo em águas profundas.

Em discussões anteriores no Senado, o Planalto já havia detectado amplo apoio de partidos da base ao projeto do tucano. O próprio presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), atuou para acelerar a tramitação da proposta, levando-a diretamente ao plenário e a dispensando de passar por três comissões. O projeto é o segundo item da pauta do plenário desta terça-feira à tarde. Pela manhã, o Senado fará uma comissão de debate em plenário com especialistas.

Fonte: Jornal do commercio (POA)






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