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Petrobras desiste de projeto na Venezuela

Estatal conclui que investimento em óleo ultrapesado em Carabobo não apresenta viabilidade satisfatória
DE CARACAS - A Petrobras diz ter concluído que o investimento na exploração das reservas de óleo ultrapesado de Carabobo, na faixa do rio Orinoco, na Venezuela, não apresenta viabilidade econômica satisfatória e desistiu de participar do processo de seleção do governo Hugo Chávez para a escolha das empresas estrangeiras parceiras do projeto.
Dois consórcios disputam os três blocos ofertados pela Venezuela em Carabobo. Um é formado pela Chevron, por três empresas japonesas e pela Suelopetrol; o segundo tem a participação da espanhola Repsol, da Petronas (Malásia) e da ONGC (Índia). A estimativa oficial é que haja 25 bilhões de barris de petróleo recuperáveis. As reservas brasileiras, sem o pré-sal, são de 14 bilhões. O anúncio seria feito ontem à noite em Caracas.
Desde 2005, a estatal brasileira avaliava as reservas, cujo investimento seria uma contrapartida na entrada da venezuelana PDVSA na refinaria de Pernambuco.
"Fizemos uma avaliação, e a conclusão foi que economicamente não era interessante [investir em Carabobo]. A área de exploração e produção da companhia tinha outros projetos mais interessantes, como o pré-sal. Então, declinamos de Carabobo. A nossa participação não se mostrou viável", disse à Folha Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da Petrobras.
O executivo disse que, de fato, o investimento era uma contrapartida ao ingresso da PDVSA no capital da refinaria de Pernambuco -da qual a empresa terá 40%. Mas a saída da Petrobras, avalia, não impede a participação da estatal venezuelana no projeto.
Até agora, todos os investimentos estão a cargo da Petrobras, que já desembolsou US$ 1 bilhão no projeto, especialmente em terraplanagem e na compra de equipamentos.
Costa disse que foram firmados estatuto e acordo de acionistas com a PDVSA para criar a empresa que vai gerir a refinaria. Há, porém, dois entraves: um acerto de contas com a estatal venezuelana -que tem de aportar US$ 500 milhões referentes aos investimentos já realizados- e a negociação do empréstimo com o BNDES.
Segundo o executivo, a Petrobras acertou empréstimo de R$ 9 bilhões com o BNDES, mas a PDVSA tem de arcar com 40% do valor do financiamento e apresentar as garantias referentes a essa parcela -o que não ocorreu até agora.
Segundo a Folha apurou, a Petrobras está insatisfeita com a regulamentação venezuelana para o setor petroleiro, que, desde 2006, dá à PDVSA a participação majoritária do setor.
Com isso, a Petrobras teve de ceder o controle de quatro empresas que tinha no país. Desde então, vários projetos, principalmente na área de gás, foram cancelados ou paralisados.(Fonte: Folha de S.Paulo/PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO/FABIANO MAISONNAVE)



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