RIO - A Petrobras espera lançar até o fim do mês a segunda fase do Programa Empresa Brasileira de Navegação (EBN), que prevê o afretamento de navios construídos no país. Hoje, a estatal assinou com a Kingfish e a Pancoast a contratação dos últimos sete navios da primeira fase do EBN, que já tinha 12 embarcações contratadas.
Os contratos de afretamento têm prazo de 15 anos, com entrega das embarcações prevista para ocorrer entre 2011 e 2014. A Kingfish afretará três navios com capacidade unitária de 45 mil toneladas de porte bruto (TPB), enquanto a Pancoast terá quatro embarcações com 30 mil TPB. A frota atual da área de abastecimento da Petrobras, contando também a Transpetro, possui 170 navios, entre próprios e afretados.
"Não vamos parar por aqui. Vamos ter novos navios para serem contratados. O pré-sal é muito grande e vamos precisar de muitos navios", frisou o diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa.
O representante do estaleiro Pancoast, Mario Froio, revelou que a empresa negocia com o estaleiro RioNave, no Rio de Janeiro, a construção dos navios.
"Esperamos que a definição aconteça em julho", disse Froio.
Presente ao evento de assinatura dos contratos, Ariovaldo Rocha, presidente do sindicato da indústria naval, o Sinaval, garantiu que a os estaleiros nacionais têm condições de atender a demanda por novos navios. Segundo ele, 17 novos estaleiros estarão prontos até 2013.
Para Costa, a primeira fase do EBN deve garantir uma economia entre 10% e 15% nos custos com afretamento para cabotagem. Atualmente, o abastecimento gasta cerca de US$ 2 bilhões por ano com tarifas para navegação de cabotagem e de longo curso.

Fonte: Valor Econômico/Rafael Rosas

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