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Petrobras perde força no pré-sal do Brasil. Galp tem 6% da produção

A participação da estatal brasileira Petrobras na produção total de petróleo no Brasil caiu para cerca de 77% em 2017, face a um peso que superava os 90% em 2013, segundo revela a Globo, citando dados da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Só no pré-sal, a Petrobras pesa 67% de um total de produção nessa área de 1,677 milhões de barris de petróleo equivalente por dia em Setembro, o que representa 49,8% do total produzido no Brasil.


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Segundo revela a Globo, em Outubro o pré-sal teve uma quebra de 2,9% face a Setembro, mas face a igual período do ano passado apurou um crescimento de 14,3%.

Se hoje o pré-sal representa quase metade do petróleo produzido no Brasil, há 5 anos não ia além dos 10%, para subir em 2014 para os 25%. Ainda segundo a Globo, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acredita que o participação do pré-sal chegará a 58% em 2020, atingindo 74% até 2026. 

Com esta subida do pré-sal, o peso das empresas estrangeiras também sobe. Contas da Globo dão à Galp 6% da produção no pré-sal, cabendo à Shell 21% ou à Repsol Sinopec 5%. 

Actualmente, são 14 os campos nesta região. A Petrobras é a única operadora, mas divide o consórcio, sendo essa divisão que dá às companhias estrangeiras peso. No campo de Lula, responsável por 60% de toda a produção do pré-sal, a Shell tem 25% e a Galp 10%. Em Sapinhoá, o segundo maior campo, o consórcio é formado pela Petrobras (45%), Shell (30%) e Repsol Sinopec (25%).

O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que representa as petrolíferas no Brasil, estima que as empresas privadas possam ter um peso de 30% até 2030 na produção nacional, valor que será maior no pré-sal.

É que, no final de Outubro, realizou-se novo leilão para seis áreas do pré-sal que, pela primeira vez, não tinham a obrigatoriedade de ter a Petrobras como operadora. Entraram, nesses leilões, novas petrolíferas estrangeiras no pré-sal, como a Statoil (Noruega), ExxonMobil, (EUA), BP Energy (Reino Unido) e QPI (Qatar).

A Galp arrematou, nesse leilão, a área de Norte de Carcará, através do consócio do qual detém 20%. A petrolífera pagou 186 milhões de dólares (160 milhões de euros) de prémio de assinatura por ter arrematado esta área. Ao mesmo tempo, pagou 114 milhões de dólares (98 milhões de euros) à Statoil para aumentar a sua participação para 17% no bloco BM-S-8. A Galp está agora a produzir um total de 92,4 mil barris diários, com o Brasil a pesar 87% e o restante a pertencer a Angola.

No último leilão, e apesar das limitações, a Petrobras arrematou três das seis áreas, com participação de 40% a 50% dos consórcios. Os estrangeiros ficaram com as restantes três (ver infografia da Globo).

A Petrobras fixou o objectivo para a sua produção de petróleo em 2,77 milhões de barris de petróleo por dia para 2021, face aos 2,13 milhões registados em Novembro. 

Estão aprovadas mais seis leilões para 2018 e 2019. Para 29 de Março, está prevista a 15.ª rodada com o leilão de 70 blocos exploratórios, sendo 49 em bacias marítimas e 21 em bacias terrestres. Os blocos estão, segundo a Reuters, nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Parnaíba e do Paraná.

Também para 2018, para 7 de Junho, está prevista a 4.ª rodada no pré-sal, com leilões para os blocos de Três Marias, Dois Irmãos, Uirapuru, Saturno e Itaimbezinho, localizados nas bacias de Campos e Santos. 

Fonte: Jornal de Negócios/Portugal






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