Estão previstos três planos estruturantes. O primeiro deles está baseado no aumento da eficiência operacional da Bacia de Campos, que objetiva o aumento da confiabilidade de entrega da curva de óleo, por meio da melhoria dos níveis de eficiência operacional. O segundo objetiva a otimização de custos operacionais – através da identificação das oportunidades de redução de custo com impacto relevante. E o terceiro – Programa Gestão de Conteúdo Local – tem por objetivo aproveitar ao máximo a capacidade competitiva da indústria nacional de bens e serviços para o atendimento das demandas do PN 2012-2016 com prazos e custos adequados às melhores práticas de mercado.
A Petrobras deve concluir até dezembro deste ano o detalhamento do Programa de Otimização de Custos Operacionais, voltado a reduzir os gastos gerenciáveis da companhia, que somaram US$ 32 bilhões em 2011. O montante equivale à geração operacional da estatal no mesmo ano, no total de US$ 33 bilhões.
A visão geral do projeto deve ser concluída em julho. Entre agosto e novembro será definido o portfólio das iniciativas, inclusive com a elaboração de cronogramas. A consolidação do plano ocorrerá em dezembro; em janeiro a companhia já poderá anunciar detalhes do programa.
O plano de negócios tem como elemento chave a paridade dos preços internos com os externos, ou seja, ao fim do subsídio indireto que o Brasil dá aos combustíveis. Apesar da alta das cotações internacionais do petróleo nos últimos anos, o Brasil manteve relativamente congelados os preços dos combustíveis no mercado interno para controlar a inflação. Esse subsídio indireto causa perdas à empresa, que importa óleo cru a preços internacionais e vende derivados conforme os preços fixados pelo governo.
As perdas aumentaram nos últimos meses porque, diante do forte aumento do consumo interno, a Petrobras teve de aumentar suas importações de petróleo e derivados de 500 mil barris diários no início de 2011 a cerca de 800 mil barris diários em maio passado.
No entanto, o governo anunciou na sexta-feira passada um reajuste de 7,83% do preço da gasolina, que não será sentido pelo consumidor porque o imposto sobre os combustíveis foi reduzido na mesma proporção - o que fez o subsídio se tornar uma redução das receitas do Estado, segundo as autoridades.
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