Petrobras pode vender fatias em blocos no Golfo do México
Petrobras também pretende investir na perfuração de outros sete blocos em Portugal até 2013
Disposta a vender ativos para aumentar o retorno do plano de negócios 2011/2015, a Petrobras já admite se desfazer de participações minoritárias em blocos na porção americana do Golfo do México.O gerente executivo da área internacional para Américas, África e Eurásia, Fernando Cunha, revela que a intenção é manter apenas os campos de Cascade Chinook que devem entrar em produção nos próximos meses na mesma região.O executivo justifica que o objetivo da companhia é se desfazer de áreas principalmente nas fases de desenvolvimento, etapa que demanda maior dispêndio de recursos. Cunha, que participou do 6º Encontro de Negócios Brasil-Portugal, manifestou preocupação com as perspectivas de alterações nas regras que orientam a tributação das áreas exploratórias na Nigéria.Tal preocupação, justifica o executivo, se deve às mudanças em estudo pelo governo nigeriano nas alíquotas das contribuições sobre a produção local. Coincidentemente, esse tipo de mudança também é discutida no Brasil, no Congresso Nacional.O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, propôs o aumento das alíquotas das participações especiais que incidem sobre a produção das petrolíferas do país para viabilizar o aumento da receita dos estados não produtores de hidrocarbonetos.Mesmo com o risco, o gerente da Petrobras informou que a estatal não pretende se desfazer dos ativos no país africano.Embora admita estar atento às discussões, que podem aumentar o risco exploratório, Cunha revelou satisfação com a produção nos campos de Agbami e Akpo, dos quais detêm participação minoritária.Mesmo com a disposição de alienar participações tanto no Brasil quanto no exterior, o executivo revelou que as atenções da área internacional da companhia também serão concentradas em novos investimentos.Como exemplo, citou os planos de perfurar um novo poço no bloco 26 em Angola. Lá, revelou o executivo, o programa exploratório prevê a prospecção no pré-sal.A Petrobras também pretende investir na perfuração de outros sete blocos em Portugal até 2013. Fonte: Brasil EconômicoRicardo Rego Monteiro /Correspondente do Brasil Econômico no Rio de Janeiro