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Petrobras propõe ficar com dez sondas da Sete

A administração da Sete Brasil considerou "inviável" a proposta de acordo feita pela Petrobras a respeito do pacote de sondas que contratou em 2011. A petroleira propôs reduzir a encomenda de 28 sondas para apenas dez.

É com esta informação que os acionistas da companhia avaliam hoje se levam ou não a empresa para uma recuperação judicial. O comitê de investimentos do FIP Sondas, fundo controlador da holding, se reúne pela manhã.


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Na véspera de assunto ser debatido na semana passada, a Petrobras, depois de semanas de silêncio, pediu a reabertura das conversas. E enviou à Sete Brasil, no fim da tarde de sexta-feira, o que desejava para a empreitada.

Além de reduzir as 28 sondas inicialmente contratadas para dez, a estatal quer trocar a duração dos contratos de 15 anos para cinco. Ela também propõe substituir a taxa diária de afretamento negociada para sondas construídas no Brasil para contratos de 15 anos - hoje em US$ 390 mil - para preços praticados para sondas feitas na Ásia e contratadas por cinco anos, abaixo de US$ 300 mil.

A comparação do projeto original da Sete Brasil - a preços atualizados - significa que a Petrobras quer trocar contratos que gerariam US$ 60 bilhões (R$ 240 bilhões) de receita em 15 anos, por acordos que assegurariam US$ 5,5 bilhões em cinco anos (R$ 22 bilhões).

O resultado da votação de hoje, contudo, não é óbvio. É preciso que ao menos 85% das cotas válidas sejam favoráveis à reorganização. A Petrobras, que tem 5% do FIP Sondas, declarou-se conflitada. A fundação Petros, porém, posicionou-se contra a recuperação nas últimas reuniões. Sozinha ela pode barrar a transação, pois detém 18% das cotas.

A recuperação judicial seria apenas uma forma de buscar um acordo com a Petrobras que tornasse a Sete Brasil viável.

Até o fim de 2015, a estatal vinha conversando com a holding de sondas sobre a possibilidade e o modelo para construção de 14 sondas que ficariam com a Sete Brasil e potencialmente mais quatro, do estaleiro Enseada, e que ficariam com o sócio japonês Kawasaki. Mas as conversas não culminaram na revisão dos contratos.

Sem contratos com a Petrobras, o futuro da Sete Brasil é ir para falência diretamente, uma vez que a empresa não possui operação e fonte de receita.

As sondas ficariam prontas a partir de 2017 e seriam paulatinamente entregues até 2023, quando então a Petrobras passaria a ter a despesa com todas as 18 sondas - num total anual de US$ 2,6 bilhões anuais ao preço atual do afretamento.

A falência da Sete Brasil deve dar início a um emaranhado de processos judiciais. Os estaleiros possuem contratos com a Sete Brasil que, por sua vez, tem contratos com a Petrobras.

O fundo EIG Partners, um dos cotistas do FIP Sondas, registrou em Washington, na terça-feira, uma ação contra a Petrobras, no valor de US$ 221 milhões, por conta dos prejuízos com a Sete Brasil.

O BTG Pactual é o maior cotista do FIP Sondas, com cerca de 30% das cotas. A instituição, contudo, não é credora da holding, como os outros dois bancos sócios - Santander e Bradesco. De fundos privados, além da EIG, há o Luce Venture Lakeshore. As fundações Petros, Valia, Funcef, Previ e o fundo FI-FGTS são acionistas da Sete também por meio do FIP Sondas.

Juntos, os acionistas investiram R$ 8,4 bilhões na Sete Brasil. Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF), Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e Standard Bank (não mais credores) emprestaram US$ 3,6 bilhões.

Fonte: Valor Econômico/Graziella Valenti | De São Paulo






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