O navio petroleiro comprado pela Petrobras para ser transformado em plataforma de exploração de petróleo e gás chegou ao Rio de Janeiro nessa terça-feira, após realizar uma viagem de 36 dias, que teve início na Indonésia. A embarcação do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier) já foi renomeada como "Petrobras 74"e ficará atracada no porto do Rio, onde serão realizadas avaliações prévias.
A obra de conversão do casco deve ter início em junho de 2012 e será realizada no Estaleiro Inhaúma, arrendado pela Petrobras, no Rio de Janeiro. Durante a conversão, destacam-se obras como o reforço estrutural do casco, a ampliação, reforma e adaptação das acomodações, a substituição de instalações, equipamentos e utilidades, a adaptação do sistema de ancoragem, entre outras. A Petrobras estima que as atividades devem gerar cerca de 2.500 empregos diretos no pico da obra.
O petroleiro tem 326,2 metros de comprimento, 56,6 metros de largura e capacidade para armazenar 1,4 milhões de barris.
Cessão onerosa
A embarcação foi a primeira adquirida para a exploração de recursos em uma área conhecida como cessão onerosa, que consiste em um conjunto de áreas localizadas na província Pré-Sal da Bacia de Santos, que foram transferidas onerosamente pela União à Petrobras. Conforme estabelecido na lei 12.276, de 30 de junho de 2010, a Companhia terá o direito de explorar e produzir até 5 bilhões de barris de óleo equivalente nestas áreas. A Petrobras remunerou a União pelo direito de exercício das atividades de pesquisa e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos destas áreas.
Além da P-74, outros três navios destinados à conversão de cascos para unidades da cessão onerosa virão da Malásia e receberão os nomes de P-75, P-76 e P-77. As obras de conversão destes cascos também serão realizadas no Estaleiro Inhaúma. Essas embarcações também são do tipo VLCC e devem chegar ao Brasil entre 2012 e 2013.
A conversão dos cascos, mais a construção dos módulos e integração destas unidades, deverão gerar, aproximadamente, 11.400 empregos diretos.
Fonte: A Tribuna On-line
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