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Petrobras retoma trajetória de alta na produção

Depois de um início de ano fraco, devido a uma série de paradas para manutenção em suas principais plataformas, a Petrobras iniciou uma trajetória de recuperação de sua produção nos últimos meses. Sustentada pelo pré-sal, a produção nacional de petróleo da estatal cresceu pelo terceiro mês seguido, em junho, e fechou o segundo trimestre com alta de 7,7%, ante os três primeiros meses do ano. Com o resultado, a petroleira caminha "em direção à meta" de atingir 2,145 milhões de barris ao dia em 2016, destacou a diretora de exploração e produção da empresa, Solange Guedes.

Em junho, a produção de óleo da estatal cresceu 2%, ante maio, e atingiu os 2,204 milhões de barris diários - a terceira melhorar marca histórica da companhia, atrás apenas de agosto de 2015 e dezembro de 2014. "Esses números são expressivos, mas necessários [para o cumprimento da meta de produção para o ano]", afirmou Solange, em conversa com o Valor.


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No ano, a estatal acumula volume médio de 2,056 milhões de barris diários, o que coloca para a Petrobras o desafio de produzir, neste semestre, uma média mensal de 2,235 milhões de barris ao dia se quiser alcançar a meta para 2016. Segundo a diretora, o cumprimento do 'guidance' é "uma coisa muito cara [valiosa]" à empresa, que em 2015 atingiu a meta pela primeira vez em 13 anos.

Solange destacou que a companhia aposta no crescimento da produção das plataformas mais novas do pré-sal e na entrada em operação das próximas embarcações para atingir os 2,145 milhões de barris por dia previstos para o ano. A expectativa da companhia é conectar 11 novos poços produtores no segundo semestre e iniciar as operações de dois novos FPSOs (plataformas flutuantes) na Bacia de Santos: Cidade de Saquarema (em Lula) e Cidade de Caraguatatuba (em Lapa).

Em curtíssimo prazo, a Petrobras conta com a antecipação do início de produção da plataforma Cidade de Saquarema. A unidade, cujo primeiro óleo poderá ser extraído "a qualquer hora", segundo Solange, tem capacidade para produzir 150 mil barris diários.

"Devemos antecipar esse primeiro óleo em relação ao planejado. E com isso conseguiremos ter fatos novos em relação ao que realizamos no primeiro semestre. Hoje, neste exato momento, [a plataforma] está em processo de primeiro óleo. Ele deve acontecer a qualquer hora", disse.

Inicialmente, a estatal estimava o início das operações do navio para o terceiro trimestre, sem especificar o mês em que a unidade entraria em produção. Segundo Solange, a estatal "trabalha duro" para antecipar também a entrada em operação das próximas embarcações. "Estamos trabalhando muito duro para antecipar aquela produção... os navios que estão previstos para entrar em 2017, com um viés bastante positivo", contou.

Questionada se a estatal mantém a meta de iniciar as operações de seis plataformas em 2017, conforme previsto no plano 2015-2019, a executiva disse que o novo plano de negócios da empresa ainda está em fase de elaboração e que prega a necessidade de se trabalhar com "zelo" nas projeções. "Não quero criar nenhuma expectativa que não possamos honrar. Assim que divulgarmos o plano [será possível divulgar a meta de produção para 2017]", completou.

Na avaliação de Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), os dados de produção da Petrobras de junho são positivos. Mas o nível da produção da estatal no longo prazo, destacou, dependerá da nova previsão de investimentos da companhia para exploração e produção.

A projeção atual da companhia é investir US$ 80 bilhões na área entre 2015 e 2019 - contra os US$ 108,6 bilhões previstos inicialmente. "Não me surpreenderia se o plano viesse com novo corte de capex [investimentos], o que impactaria a curva de produção no longo prazo", avaliou.

Em comentário enviado a investidores, o Raymond James destaca que não se pode perder de vista que o crescimento da produção da companhia no pré-sal reflete o legado dos investimentos realizados há muitos anos, antes do corte de 60% realizado entre 2013 e 2016". A corretora acredita que o crescimento anual da produção da Petrobras até 2020 será de até 3%, abaixo da meta atual de 5%.

Fonte: Valor Economico/Rodrigo Polito, André Ramalho e Camila Maia | Do Rio e de São Paulo






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