A Petrobras já está se preparando para entrar forte no primeiro leilão do pré-sal que o governo vai realizar em outubro próximo quando vai ofertar a área de Libra, na Bacia de Santos com reservas entre 8 bilhões a 12 bilhões de barris. A presidente da Petrobras, Maria das Graças foster, deixou claro ontem o que a companhia não vai se contentar em ficar com apenas 30% do consórcio vencedor, como prevê a lei do regime de Partilha. A estatal já está estudando qual será sua participação nos 70% restantes do consórcio, junto com outras petrolíferas.
Graça Foster destacou, contudo, que é fundamental para as companhias se conhecer o edital e o contrato de partilha para participarem do leilão do pré-sal, e que será divulgado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
— É fundamental conhecer o edital e o contrato, porque a outra parte relativa aos 70%, que é além dos 30% da nossa obrigação, nós queremos buscar parceiros de fato relevantes para poder atuar conosco em consórcio para esses 70%. Estamos estudando todas as possibilidades — destacou a executiva, não escondendo o apetite da companhia em relação ao leilão da área de Libra.
A Petrobras também está se preparando para participar na 12ª Rodada de leilões que a ANP vai realizar em novembro para bacias terrestres de gás natural e gás natural não convencional (shale gás).
— Estamos estruturando um grande projeto de de monetização de potencial de descobertas de gás. Isto porque o gás tem que existir, e tem que ser econômicamente viável, e tem que ter um projeto para seu aproveitamento — destacou Graça.
PDVSA: só com cheque na mão
A presidente da disse ainda que que se a estatal da Venezuela PDVSA quiser agora entrar na parceria no projeto da Refinaria de Abreu e Lima, em construção em Pernambuco, só com chegue na mão. A participação da petrolífera venezuelana na refinaria vem sendo negociada desde 2006, quando se anunciara que entrariam com 40% do capital.No dia 28 de fevereiro último, venceu o prazo para a petroleira se manifestar.
— A hora que quiser vir, ela (PDVSA) virá, mas com cheque na mão. O único jeito de falar agora com a PDVSA é esse — destacou Graça.
A refinaria de Abreu e Lima é outra dor de cabeça para a presidente Graça, que devido a uma série de problemas se tornou excessivamente cara. Atualmente 74,8% das obras da refinaria estão concluídas e já consumiu US$ 18,5 bilhões. Graça afirma que vem trabalhando para evitar o aumento dos custos nas obras da unidade.
Além das refinarias de Pasadena, nos EUA, e a Abreu e Lima, outra outro projeto problemático que Graça Foster tenta resolver é o complexo Petroquímico do Rio de janeiro (Comperj), em construção em Itaboraí, na Região metropolitana do Rio de Janeiro. Até o momento apenas 52,7% das obras estão prontas e já consumiram US$ 12,9 bilhões.
Fonte: O Globo
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