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Petrobras tem agora perspectiva mais realista, diz diretor-geral da Fitch no Brasil

As perspectivas para a Petrobras são mais realistas e melhores que no passado, mas a elevada alavancagem da empresa só não se reflete em um problema maior por conta do suporte do governo federal, disse nesta sexta-feira o diretor-geral da agência de classificação de risco Fitch no Brasil, Rafael Guedes.

Segundo ele, “sem dúvida” a situação da empresa é mais “confortável” do que no passado recente, quando a estatal teve que até mesmo adiar a divulgação dos balanços trimestrais, por conta de incertezas sobre as perdas decorrentes do escândalo de corrupção.


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Para o diretor-geral da Fitch no Brasil, a estatal entrou em fase mais realista para a perspectiva de produção de óleo e gás, ganhou uma gestão mais profissional com a troca do comando da empresa e ainda conquistou mais independência do governo em termos de gestão.

— A Petrobras está puxando para cima, mas de um ponto muito baixo — disse Guedes a jornalistas em evento na Câmara de Comércio Americana, no Rio de Janeiro.

SUPORTE DO GOVERNO

O diretor-geral acrescentou que a divisão de Abastecimento da estatal voltou a ganhar dinheiro após emplacar aumento nos preços dos combustíveis no ano passado associado a um cenário de queda acentuada no preço do barril do petróleo.

— A empresa está fazendo caixa agora e a sangria do passado deixou de existir, e isso é positivo e diferente do passado — avaliou ele. — Mas ainda é uma empresa bem alavancada, mas com a perspectiva de que as metas de produção serão entregues, com um bom trabalho... No atual momento, a interferência do governo é muito baixa.

Hoje, a classificação da Petrobras é “BBB-” pela Fitch, uma avaliação que ainda tem muito do suporte do governo, o acionista majoritário, no caso de a situação financeira da empresa se agravar.

— O perfil de crédito da Petrobras é muito fraco, só é triplo B menos porque acreditamos no apoio do governo federal. O fato da Petrobras estar melhorando é condição necessária para ela ao menos se manter no que ela está, principalmente se o Brasil ficar mais fraco (tiver redução de rating) — avaliou ele.

Fonte: Reuters






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