Rio (AE) - De acordo com o novo regime de partilha, criado para a área do pré-sal, a Petrobras terá de participar como operadora de Libra com um mínimo de 30%, mesmo que não participe do consórcio vencedor. A petroleira também terá que acompanhar o maior preço ofertado, mesmo que não esteja de acordo, o que gera insegurança no mercado sobre sua capacidade de investimento.

Caso Petrobras esteja fora do consórcio vencedor, entrará com 30% e o consórcio repartirá os 70% restantes. O poço 2ANP-2A foi perfurado pela própria Petrobras, contratada pela ANP na época, que não tem sondas ou pessoal para isso. Portanto, a estatal já tem os dados sobre a região.

Leilão

Segundo Magda, “dada a importância do leilão” do pré-sal, o governo decidiu antecipar a previsão de realização da licitação para outubro, quando seria realizada a oferta para campos de gás. Já o leilão de gás, inicialmente marcado para outubro, foi trocado pela previsão para o pré-sal, em novembro. O leilão contará com a presença da presidente Dilma Rousseff e ainda não tem data certa.

A ANP havia oferecido ao governo uma cesta de áreas que somavam estimativas de 40 bilhões in situ para ir ao leilão. Mas, diante dos novos dados de Libra, que pode ter, sozinha, todo o volume, o governo decidiu licitar apenas o prospecto.  Magda não quis adiantar estimativas para valores do leilão, mas ressaltou que será um marco no desenvolvimento do setor no país.

A área de Libra tem 1.500 quilômetros quadrados, do total de 149 mil quilômetros quadrados de áreas do pré-sal. “Isso é para gente grande. O que nós estamos vivendo com o petróleo no Brasil é um momento grandioso, de muitas possibilidades, que vai gerar muito emprego e renda para a população, muito trabalho de bom nível e muita carreira bem sucedida.” Os leilões do pré-sal devem ser mais frequentes, podendo acontecer em 2015 ou 2016.

Fonte: Tribina do Norte (RN) Natal

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