Deixadas de lado durante muito tempo por grandes instituições financeiras, as ações da Petrobras estão de volta ao radar dos investidores. A reunião de sexta-feira, quando a nova metodologia de reajuste de preços dos combustíveis será apresentada ao conselho de administração da estatal, já impulsiona os papéis no curto prazo.

As ações preferenciais e ordinárias da companhia subiram 3,3% e 2,6%, respectivamente, em novembro até ontem. No ano, acumularam ganhos de 12,5% e 4%, período em que o Ibovespa caiu 13%.

A expectativa é que a nova fórmula de reajuste dos combustíveis traga mais previsibilidade de caixa para a Petrobras, com o alinhamento dos preços cobrados no Brasil e no exterior. O diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, considera que o novo modelo também deverá permitir a redução da alavancagem para "níveis aceitáveis".

A nova metodologia é identificada pelo mercado como um sinal de força da presidente da estatal, Graça Foster, no cargo desde fevereiro de 2012. Além disso, as ações vêm ganhando impulso no cenário mais recente em meio à expectativa de um aumento do preço da gasolina ainda neste ano.

A HSBC Corretora incluiu os papéis da empresa na carteira deste mês, assim como o BTG Pactual. O Bank of America Merrill Lynch, por sua vez, aumentou a alocação nas ações. As equipes da Votorantim Corretora e do BB Investimentos têm recomendação "outperform" (desempenho acima da média do mercado), com perspectiva positiva para os papéis.

As apostas nas ações da estatal também decorrem de expectativa favorável na área operacional. É o caso da gestora de recursos 3R Investimentos, que tem uma posição relevante em Petrobras em sua carteira desde o início do ano e está atenta à retomada do crescimento na produção de petróleo.

Fonte: Valor Economico/Beatriz Cutait | De São Paulo

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