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Petroleira de Eike quer perfurar dois poços na Colômbia em 2014

A petroleira Óleo e Gás Participações, antiga OGX, deve iniciar a perfuração de dois poços exploratórios na Colômbia em 2014 e colocará em operação os terceiros e quartos poços do campo de Tubarão Martelo, na bacia de Campos, a partir de abril e maio de 2014.

As informações foram reveladas por executivos da companhia ontem, terça-feira (17) durante reunião com analistas e investidores, no Rio.

O campo de Tubarão Martelo, que teve início da produção no começo deste mês, é a nova aposta da companhia, que está em recuperação judicial, para obter receita.

O pico de produção estimado é de 30 mil barris por dia, assim que estiverem interligados seis ou sete poços, informou o presidente da companhia, Paulo Narcélio, que não quis estimar um prazo para que isso ocorra.

A petroleira tem evitado fazer estimativas sobre a produção diária do campo, depois que projeções superestimadas da produção de outro campo da companhia, Tubarão Azul, na mesma bacia, ter decepcionado os investidores e iniciado a crise do grupo EBX.

Narcélio não quis informar o quanto a empresa possui em caixa, mas afirmou que os recursos necessários à operação de Tubarão Martelo virão da produção do próprio campo. "Tudo que se vender no óleo vai ser utilizado na produção e operação".

A empresa só fará o primeiro pagamento à OSX pelo aluguel de plataforma em janeiro, mês seguinte ao início da produção.

O presidente também disse que a empresa deve entrar com recurso em Câmara de Arbitragem, no Rio, contra a malaia Petronas depois que a companhia rescindiu contrato com a empresa. Não há data prevista para que isso ocorra. "Provavelmente vamos recorrer, mas estamos estudando."

Para ele, a empresa não teria entrado em recuperação judicial se o contrato tivesse sido mantido. Tubarão Martelo foi negociado com a Petronas, que ficaria com 40% do campo. O negócio foi interrompido pelo agravamento da crise da OGX, que culminou na recuperação judicial da companhia.

Em relação aos ativos na Colômbia, os poços que serão perfurados ficam em blocos que a Óleo e Gás Participações tem na bacia de Vale Inferior do Magdalena. A companhia possui cinco blocos exploratórios na Colômbia.

RETOMADA

A empresa pretende retomar a produção de Tubarão Azul, sem uma data definida. É aguardado um acordo com a OSX (empresa de construção naval do grupo) para voltar a produzir. "Estamos tendo conversar preliminares para reduzir o 'day rate' [aluguel] da plataforma", afirmou Narcélio, sem dizer qual é o valor pedido. No momento da rescisão do contrato, no final de outubro, custava US$ 263 mil por dia.

A Óleo e Gás Participações espera produzir 4.000 barris por dia no campo até meados de 2014. Em meados do ano a empresa informou que Tubarão Azul não era economicamente viável. O presidente da empresa afirma que a retomada da produção é possível com uma readequação do campo.

"Foram feitas adequações. De equipamentos, por exemplo. E se baixarmos o valor do aluguel [ele será economicamente viável]."

Tubarão Azul foi o primeiro campo de Eike a entrar em produção, mas não atingiu o volume anunciado, de 15 mil barris por dia em cada um de seus três poços, o que levou à perda de credibilidade da empresa.

PARCEIROS

De acordo com o presidente, a petroleira planeja vender participação em ativos para diversificar os riscos. "Vamos tentar atrair parceiros para o nosso negócio."

Ele também afirmou que a venda da OGX Maranhão será fator importante para gerar liquidez. A OGP fechou acordo para a venda de sua fatia na OGX Maranhão, que explora gás na bacia do Parnaíba, por R$ 330 milhões. Os compradores são o fundo Cambuhy, de Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco, e a alemã E.ON.

A respeito do BS-4, na bacia de Santos, o executivo disse que há a possibilidade de haver óleo no seu pré-sal. "A nossa visão do investimento preliminar foi apenas com reserva existente na camada pós-sal". A Óleo e Gás Participações tem parceria com Queiroz Galvão e com Barra Energia no bloco.

Fonte: Folha de São Paulo/MARIANA SALLOWICZ DO RIO






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