Preparados para zarpar rumo a Santos logo após a solenidade de incorporação à frota da Petrobras Transporte S.A. (Transpetro), inicialmente marcada para hoje, segunda-feira(dia 21), os 26 tripulantes do petroleiro Celso Furtado terão de esperar mais um pouco. A cerimônia, que teria a participação da presidente Dilma Rousseff, foi cancelada.
O Celso Furtado, lançado ao mar em junho do ano passado, deveria ter sido entregue à Transpetro até dezembro de 2010. Já é quase um ano de atraso. Mas a Transpetro sustenta que o prazo seria em setembro deste ano. A nota sucinta distribuída pela subsidiária da Petrobras na noite de quinta-feira não explica a razão do cancelamento da solenidade de sexta-feira, que seria realizada no centenário estaleiro Mauá, em Niterói, na região metropolitana do Rio. "Uma nova data será divulgada em momento oportuno", informa o comunicado da Transpetro.
O fato é que os tripulantes só ficaram sabendo da suspensão na manhã de sexta-feira, durante visita da reportagem à embarcação. O Celso Furtado deixaria Niterói com os 12 tanques vazios rumo a Santos, onde seriam embarcadas cargas de derivados de petróleo (gasolina, diesel e nafta, possivelmente) para a distribuição em cidades portuárias do litoral brasileiro.
Modernização
O Celso Furtado faz parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), criado no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A primeira embarcação do Promef, o petroleiro João Candido, jamais chegou ao mar. A embarcação ainda passa por reparos no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco. O segundo navio é o Celso Furtado. É o primeiro dos quatro petroleiros - todos do mesmo feitio e tamanho - do Promef encomendados ao estaleiro Mauá.
Em entrevistas, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, costuma minimizar os atrasos e suas implicações mais adiante. Segundo ele, a demora faz parte da curva de aprendizagem, especialmente no estaleiro pernambucano, criado para, principalmente, atender às encomendas do Promef. c
Fonte: O POVO Online/O Estado de S. Paulo
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