Petroleiros cearenses entram em greve hoje por tempo indeterminado em todo o Estado. A categoria reivindica melhoras no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), cancelamento do leilão de Libra e arquivamento do Projeto de Lei 4330. Com a greve, deve parar a produção de asfalto e óleo lubrificante no Estado.

A paralisação no Estado se une ao clima tenso das reivindicações no Rio de Janeiro, onde os militares estão preparados para agir em casos de manifestações, que estão sendo convocadas pelos petroleiros em greve e pelos movimentos sociais que apoiam a paralisação, contrários ao leilão da camada do pré-sal. O monitoramento feito pelo governo sobre ações judiciais para impedir o leilão identificou duas novas decisões favoráveis à realização da concorrência, levando a 16 o número total.

De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), ainda aguardam julgamento sete ações na Justiça, todas apresentadas por entidades que pedem a suspensão do leilão. As tropas do Exército, com o reforço da Marinha, da Força Nacional e da Polícia Militar, estão posicionadas em frente ao Hotel Windsor Barra, na Barra da Tijuca, onde hoje ocorre o leilão da Libra, atendendo às novas regras do modelo de partilha.

Como ações foram apresentadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e na Bahia, a AGU computa como decisão favorável não só aquela em que o juiz nega o pedido de suspensão do leilão, mas também nos casos em que a decisão é de se remeter os autos para o Rio, onde o primeiro processo contra a concorrência foi apresentado e negado pela Justiça.

Para o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí (Sindipetro), Orismar Holanda, “a greve prossegue forte em todas as bases do país”. A paralisação nacional acontece nas refinarias, terminais de distribuição, plataformas de petróleo, campos terrestres de produção, usinas de biodiesel, termoelétricas e unidades administrativas da Petrobrás, Transpetro e demais subsidiárias. (com agências)

Fonte: O Povo (CE)

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