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Plataformas P-75 e P-77 podem ser relicitadas

"Difícil", essa foi a manifestação do prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, depois de se reunir com a diretoria de Engenharia da Petrobras, ontem, no Rio de Janeiro. Na pauta estava a construção das plataformas de petróleo P-75 e P-77 no polo naval do município. O prefeito adianta que há uma boa probabilidade de os dois complexos não serem executados no Estado e de haver nova licitação.

O trabalho seria realizado no Rio Grande do Sul por meio do consórcio QGI Brasil (formado por Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, que administram o estaleiro da antiga Quip). A empresa negocia com a Petrobras um aditivo de contrato para a retomada da montagem e integração dos módulos da P-75 e da P-77.

O custo das duas plataformas, levando em conta não apenas os serviços da QGI, era da ordem de US$ 1,6 bilhão na época da assinatura do contrato, em setembro de 2013. Outro ponto que teria que ser renegociado, caso a obra permaneça em Rio Grande, é o cronograma da obra. No mês passado, em meio ao impasse, a QGI Brasil chegou a demitir mais de 100 funcionários das unidades que detém em Rio Grande e no Rio de Janeiro.

Lindenmeyer detalha que há divergência de valores decorrentes de alterações ocorridas do projeto básico para o executivo. O prefeito tem esperança que a estatal e a empresa privada ainda cheguem a um denominador comum. "Mas, dependendo do quadro que está, não tem plataformas P-75 e P-77 (devendo ambas passar por outro processo licitatório)", alerta. O dirigente comenta que, se for aberta uma nova concorrência, há a expectativa de que seja preservada a questão do conteúdo local. No entanto, uma fonte que acompanha o tema não descarta a possibilidade de a Petrobras repassar a encomenda para algum estaleiro asiático.

Assim como o revés de não abrir os postos de trabalho esperados (a expectativa era de 4 mil empregos gerados com as plataformas), Lindenmeyer enfatiza que a interrupção da P-75 e da P-77 irá criar um clima de incerteza na política do setor naval no Brasil. De acordo com o prefeito, QGI Brasil e Petrobras irão se reunir, amanhã, para discutir o assunto. Esse encontro, informa o prefeito, pode ser o último entre as partes. Além do chefe do Executivo rio-grandino, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves, esteve presente na reunião de ontem no Rio de Janeiro.

Quem também pleiteia uma audiência com o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, para debater o polo naval gaúcho é o governo do Estado. O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, afirma que, quanto ao caso da QGI, considera justas as reivindicações da empresa, pois se tratam de pontos que não constavam no contrato. O dirigente concorda que o prejuízo será enorme para a região se as plataformas não forem concluídas no Rio Grande do Sul.

Branco acredita que uma alternativa que pode ser adotada é a Petrobras determinar a divisão das encomendas das estruturas entre a QGI e grupos do exterior. Essa medida permitiria recuperar uma parte do tempo perdido e fazer um reajuste contratual. Se for esse o caso, o secretário cita o velho ditado: "vão-se os anéis, mas ficam os dedos". O dirigente acrescenta que o setor naval vive uma enorme expectativa quanto ao novo plano de negócios da Petrobras para se ter um panorama mais claro do que a estatal pretende para os próximos anos.

FGonte: Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein






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