BRASÍLIA - O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Coimbra, afirmou hoje que o Poço Franco, localizado no pré-sal da Bacia de Santos (SP), é o mais cotado para ser utilizado no processo de cessão onerosa de 5 bilhões de barris de petróleo previsto na capitalização da Petrobras.
"É muito mais interessante colocar na cessão onerosa as áreas com maior valor. Franco é uma área que já tem poço perfurado, já tem descoberta identificada. Trata-se de um poço e de uma área maravilhosa, uma das melhores. É o melhor poço do Brasil hoje", afirmou ao conceder entrevista após o lançamento oficial do Plano Decenal de Expansão de Energia 2010-2019.
Na semana passada, a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) havia anunciado o resultado do trabalho de prospecção, feita em conjunto com a Petrobras, que indicava um volume de petróleo presente na Poço de Franco. Na ocasião, já se previa que a tal quantidade poderia suprir a necessidade prevista na operação financeira entre a União e a estatal.
Embora o Poço de Franco seja considerado como o "candidato número um", Coimbra não descartou a possibilidade de o governo fazer uso de outras reservas do pré-sal. Além disso, o secretário informou que não basta a aprovação do marco regulatório do pré-sal pelo Congresso Nacional para que seja iniciada o processo de cessão onerosa.
Coimbra informou que ANP precisa ainda firmar contrato com a certificadora internacional que será responsável por atestar o volume de petróleo existente no Poço de Franco.
"Não vai ser assinado imediatamente, após a aprovação no Congresso. Antes, eu preciso fazer a avaliação das áreas, com as certificadoras", afirmou o secretário.
O secretário do MME informou ainda que a expectativa é de que até o outubro a avaliação do poço seja concluída. Porém, ele informou que o cronograma proposto pela empresas certificadora pode encurtar os prazos. Isto resultaria na antecipação da assinatura dos contratos entre a União e a Petrobras, caso a cessão onerosa já esteja aprovada pelo Legislativo.
Fonte: Valor Online/Rafael Bitencourt
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