Receba notícias em seu email

MSC

Polo Naval: ultrapassando as fronteiras

O polo naval gaúcho continuará com uma boa demanda em 2014, confirmando a sua consolidação. No entanto, a novidade é que, além da tradicional operação em Rio Grande, começam a se materializar as atividades em São José do Norte e Charqueadas.

Conforme a assessoria de imprensa da Petrobras, a carteira de projetos compreende para o próximo ano trabalhos em três FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) dentro do Rio Grande do Sul: P-74, P-75 e P-77. O casco da P-74 está sendo convertido no Rio de Janeiro. Posteriormente, seguirá para São José do Norte. Será o primeiro FPSO construído pelo grupo Estaleiros do Brasil (EBR) na cidade. Em 2013, a última plataforma a deixar Rio Grande foi a P-58.

No início de dezembro, as obras de implantação do estaleiro no município atingiram um patamar de 40% do total planejado. A expectativa é de que os módulos para a P-74 comecem a ser desenvolvidos no primeiro trimestre de 2014. Em São José do Norte, a plataforma passará pela fase de construção dos módulos e integração, prevista para começar no primeiro semestre de 2015. A conclusão dos serviços deverá ocorrer no final desse mesmo ano.

Já as obras de construção e integração dos módulos da P-75 e da P-77 serão executadas no estaleiro Honório Bicalho (da Quip), em Rio Grande. O início da fabricação e da montagem dos módulos das plataformas está previsto para o primeiro semestre de 2014. Os navios chegarão ao estaleiro para a integração dos módulos ao casco no segundo semestre de 2015 e no primeiro semestre de 2016, respectivamente. Ainda em Rio Grande, está em andamento o trabalho nos cascos dos oito FPSOs replicantes (quase idênticos) e nas três sondas de perfuração para o pré-sal. Mais para o centro do Estado, as atividades concentram-se nos 24 módulos para os seis primeiros replicantes (P-66 a P-71), que estão em montagem em Charqueadas desde maio de 2013.

Responsável pela construção dos oito cascos para as plataformas FPSOs e dos três navios-sonda, a Ecovix prevê aplicar U$S 1,15 bilhão no Estaleiro Rio Grande. Desse montante, 67% já foi aportado. Para o presidente Gerson Almada, o cenário é promissor, tendo como horizonte a exploração do pré-sal no Brasil, o que irá gerar novas oportunidades para o segmento. “Estamos investindo no Estaleiro Rio Grande (como é conhecida sua unidade de produção) pensando não apenas na demanda interna, fruto da exploração do pré-sal, mas também em encomendas internacionais.” Outro ponto ressaltado por Almada é a recente parceria fechada com um consórcio de cinco empresas japonesas liderado pela Mitsubishi Heavy Industries.

Em 2014, terá início a construção do ERG3 (subdivisão do estaleiro), onde serão desenvolvidas atividades industriais na fabricação de tubulação e blocos planos e curvos complementares às oficinas. A área abrigará também serviços de apoio, como um amplo almoxarifado, galpões para uso de subfornecedores e um grande pátio de estocagem.
Iesa finalizará primeiros módulos em Charqueadas

A base de Charqueadas da Iesa Óleo e Gás conseguiu a licença de operação em outubro e já está operando. A planta produz módulos de compressão para seis plataformas replicantes que serão instaladas na área do pré-sal. Segundo o presidente da companhia, Valdir Lima Carreiro, as primeiras encomendas da unidade serão entregues no dia 19 de julho de 2014. As últimas serão finalizadas até 2017.

O executivo afirma que a encomenda feita pela Petrobras e por parceiros está dentro do cronograma.  “Após 2015, esperamos alcançar novos contratos de módulos, sejam para plataformas, sejam para a modularização de plantas de processo.” Além disso, a Petrobras e seus parceiros têm a opção de aumentar em mais oito módulos sua encomenda em Charqueadas, algo que deve ser definido até janeiro.

De acordo com Carreiro, em 2014 praticamente todas as atividades de construção de módulos serão desenvolvidas, assim como testes e a entrega das primeiras unidades. Ele acredita que mais contratações acontecerão para atender à demanda por novas plataformas para o pré-sal.
EBR espera formação de cluster em São José do Norte

O grupo EBR, que fará a integração da plataforma P-74 em São José do Norte, pretende incentivar a instalação de um cluster naval no município, com a atração de empresas para compor a cadeia de suprimentos do estaleiro. “O estaleiro no centro do cluster e todos os supridores de equipamentos e materiais ficarão próximos para atender ao empreendimento com matérias-primas”, detalha o presidente da companhia, Alberto Padilla. O executivo se diz otimista com o setor naval para 2014 e espera que o segmento siga com a demanda que tem registrado nos últimos tempos. Inclusive, reforça, há a perspectiva de aumento das encomendas devido aos leilões envolvendo o pré-sal. Esse cenário deve render novos postos de trabalho na região.

O gerente comercial do EBR, Luiz Felipe Camargo, afirma que a intenção é maximizar a contratação de mão de obra local. Para isso, o EBR fechou parceria com o Sebrae e com a prefeitura para serem aplicados cursos em São José do Norte. Essa ação deverá ocorrer ainda no primeiro semestre de 2014. Serão formados profissionais como soldadores, montadores de andaime, entre outros. Camargo lembra ainda que está em discussão utilizar uma embarcação para levar trabalhadores de Rio Grande até São José do Norte durante a integração da P-74.

Fonte:Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein






PUBLICIDADE




   Zmax Group    ICN    Antaq
       

NN Logística

 

 

 

  Sinaval   Syndarma
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira