Em Lisboa, quatro confederações nacionais, debatem a estratégia de crescimento dos portos portugueses, um dos principais motores da economia. O mar pode gerar negócios de €17 mil milhões.
A atividade portuária e a importância dos transportes marítimos para a economia portuguesa justificam que as principais confederações nacionais, da Agricultura, Comércio, Indústria e Turismo, apoiem o congresso promovido pela Associação Comercial de Lisboa (ACL), refere o presidente da ACL, Bruno Bobone.
O congresso será realizado a 21 de Setembro, no Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira, e a sessão de abertura fica a cargo do Presidente da República, Cavaco Silva.
"No último discurso, em junho, feito pelo Presidente da República, ele deixou claro que o mar e a atividade econômica ligada aos recursos marinhos são o principal desígnio do país", considera Bruno Bobone.
"Curiosamente, os portos estão a ser um dos motores da atividade económica nacional, refletindo o dinamismo das exportações dos setores mais competitivos, o que só é possível graças ao desempenho favorável das empresas de transporte marítimo", adianta o presidente da ACL.
Por isso, a primeira sessão do congresso é dedicada ao tema "A Economia dos portos e transportes marítimos", presidida pela responsável da Administração do Porto de Lisboa, Natércia Cabral e tem como oradores António Nogueira Leite, Carlos Vasconcelos da MSC, Jorge d'Almeida, da PSA Sines e Delker Costa, da empresa António & João. Esta sessão será moderada pelo diretor-adjunto do Expresso, Nicolau Santos.
Bruno Bobone considera que a importância da economia do mar tem vindo a ser realçada desde que foi apresentado o estudo coordenado pelo ex-ministro das Finanças, Ernâni Lopes, sobre o "Hypercluster do Mar" que avaliou o potencial de todas as atividades ligadas ao mar entre 6% e 8% do Produto Interno Bruto português no prazo de 10 anos.
Mar vai gerar €17 mil milhões em 2030
"Se daqui a 20 anos, a economia do mar representar 10% do PIB português, isso será muito bom", refere o presidente da ACL. Neste sentido, em 2030, a economia do mar pode representar cerca de €17 mil milhões em Portugal, adianta Bruno Bobone.
No entanto, para que haja uma evolução favorável nesta área, "é preciso desenvolver uma estratégia precisa, com objetivos claros, deste a aquacultura - que são as novas 'quintas marinhas' -, ao desenvolvimento da investigação científica, à exploração dos recursos existentes no subsolo marinho, incluindo o gás natural, passando pela construção e reparação naval, pela náutica de recreio e pelo turismo", diz Bruno Bonone.
A segunda sessão do congresso será dedicada ao "Novo sistema portuário", a terceira é consagrada à "Competitividade dos portos portugueses" e a quarta e última sessão aborda as "auto-estradas do mar".
PUBLICIDADE
Fonte:expresso.pt/J. F. Palma-Ferreira