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Pré-sal acelera consolidação do setor

A decisão da Petrobras e do governo de aumentar o índice de nacionalização de bens e serviços para o desenvolvimento da produção de petróleo e gás no pré-sal está provocando um "boom" do setor no Brasil. Operações bilionárias como as que se viu com a venda de 40% do campo Peregrino (da Statoil na bacia de Campos) pela chinesa Sinochem por US$ 3,04 bilhões e a entrada da Sinopec, também chinesa, no capital da Repsol Brasil, por US$ 7,1 bilhões, são apenas o lado mais visível do movimento.

Com a munição proporcionada pelo plano de investimentos da Petrobras, de US$ 224 bilhões, dos quais pouco disso ainda dedicado ao pré-sal da bacia de Santos, o número de negócios no setor bateu recordes no ano passado. Uma pesquisa da empresa de consultoria KPMG registrou 34 negócios realizados em 2010, contra apenas nove no ano anterior, um aumento 277,8%. O recorde anterior, de 2002, era de 26 transações.


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Além das chamativas quantias envolvidas na entrada dos chineses no negócio de exploração e produção, destacaram-se negócios envolvendo empresas nacionais que foram às compras como a Lupatech, a Petrobras (que recomprou 30% da Repsol na Refap e adquiriu a Gas Brasiliano em São Paulo), a Sonangol (que encerrou o processo de aquisição da Starfish) e a Mangels que comprou duas empresas fornecedoras. Também foi contabilizada a aquisição, pela Ultrapar, da Distribuidora Nacional de Postos, no Nordeste; a finalização da aquisição dos ativos de distribuição da Shell pela Cosan; e compra da espanhola Vicinay Marine pela Lupatech.

O que se viu é um aumento das fusões e aquisições envolvendo tanto fabricantes de equipamentos e serviços sediados no Brasil como no exterior, assim como brasileiros também indo às compras no setor de óleo e gás. A pesquisa da KPMG detectou 19 negócios em que companhias nacionais adquiriram outras estabelecidas no Brasil. E em seis operações as brasileiras compraram empresas no exterior. O movimento deve continuar com a entrada de mais capital para financiar o setor.

"Existem duas forças atuando a partir da intenção do governo de forçar o aumento do conteúdo local. As empresas internacionais que querem entrar na cadeia produtiva ou aumentar sua presença no Brasil, e os fundos de "private equity" que devem ajudar no processo de consolidação dessa cadeia de fornecedores e prestadores de serviços", afirma Paulo Guilherme Coimbra, sócio da área de finanças corporativas da KPMG Brasil.

Ele admite que o setor ainda é muito fragmentado e avalia que deve passar por um processo de consolidação, como o que ocorreu no mercado de etanol. Nesse ponto, os fundos de "private equity" como os anunciados pela Mare Investimentos e o do banco Modal, podem servir tanto como indutores de crescimento como de fortalecimento do setor.

"Se entra dinheiro, o setor se organiza. As empresas internacionais vão procurar empresas para consolidar e isso vai passar pelo mercado local", diz Coimbra. "Aumentou a importância do Brasil no cenário de exploração e produção e o país vai ter mais tecnologia, mais companhias internacionais e a cadeia de fundos atuando mais."

Na segunda-feira a GE Oil & Gas, com sede em Houston (EUA), informou que fechou mais dois contratos com a Petrobras para fornecer 171 sistemas de cabeças de poço submarino e ferramentas. Os equipamentos serão entregues entre junho de 2011 e novembro de 2012 e uma parte será fabricada em Jandira (SP).

 

(Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner | Do Rio






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