A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou nesta segunda que o prejuízo da empresa observado no segundo trimestre deste ano foi provocado por uma conjunção de fatores que não deverão se repetir nos próximos trimestres. A afirmação foi feita durante apresentação dos resultados financeiros da empresa a investidores.
O prejuízo da estatal no segundo trimestre deste ano foi de R$ 1,3 bilhão.
- Tenho uma extrema confiança e convicção de que alcançaremos resultados prósperos ao longo do próximo trimestre. Essa conjunção de fatores não deverá se repetir, todas em conjunto, e com a mesma magnitude em trimestres próximos. Estamos trabalhando dedicadamente para melhorar a rentabilidade da companhia - disse.
Segundo a presidente, um dos fatores que levaram ao prejuízo foi a grande desvalorização do real frente ao dólar, já que parte dos custos da empresa é atrelada ao dólar. Houve também aumento da importação de gasolina e de gás natural liquefeito (GNL), para atender à demanda de usinas termelétricas.
Outro fator que levou ao prejuízo foi a defasagem dos preços de combustíveis cobrados pela Petrobras, em relação ao mercado internacional, durante os meses de abril, maio e junho. De acordo com Foster, os reajustes de preços de 10% para o diesel e de 8% para a gasolina, no final de junho, não surtiram efeito no segundo trimestre, mas devem ser sentidos a partir deste terceiro trimestre.
A parada de produção do campo de Frade, onde ocorreu grande vazamento de petróleo em novembro do ano passado, também foi sentida. Houve ainda paradas programadas na produção de plataformas na Bacia de Campos, que fazem parte do projeto de recuperação da eficiência operacional da área.
- É preciso parar para garantir aumento da produção, principalmente no quarto trimestre de 2012, de forma sustentável. A meta de 2,22 milhões de barris de petróleo está mantida como meta para este ano de 2012 - disse a presidente.
Empresa assina contratos para afretamento e operação de 12 sondas de perfuração
Em nota, a petrolífera informa que assinou hoje contratos com as empresas Sete Brasil, Queiroz Galvão, Petroserv, Odebrecht, Odfjell e Seadrill para a o afretamento e operação de 12 plataformas flutuantes de perfuração, a serem construídas no Brasil, com percentuais de conteúdo local variando de 55 a 65%. Após a construção, as sondas serão afretadas à Petrobras por um período de 15 anos. Com essa operação, a Companhia completa a contratação de 12 sondas do pacote de 21 sondas negociados com a Sete Brasil.
Das seis sondas do tipo semi-submersível a serem construídas no Estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ), três serão operadas pela Queiroz Galvão, duas pela Petroserv e uma pela Odebrecht.
As outras seis sondas de perfuração serão do tipo navio-sonda e serão construídas no Estaleiro Jurong Aracruz (ES), sendo três operadas pela Odfjell e as demais, pela Seadrill.
A Petrobras fez uma análise prévia nos estaleiros para avaliar a capacidade potencial de atendimento dos compromissos contratuais de construção dessas sondas, incluindo conteúdo local mínimo e os prazos exigidos. Foram verificados a adequação das instalações, evidências de compromissos com fornecedores dos insumos e principais pacotes de equipamentos, licenciamento ambiental, gestão de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), gestão contratual e aspectos jurídicos e financeiros.
Essas 12 unidades serão entregues a partir de 2016 e serão destinadas principalmente à perfuração de poços no pré-sal da Bacia de Santos - incluídas as áreas da Cessão Onerosa. Essas sondas poderão operar em profundidades de água de até 3 mil metros, com capacidade de perfurar poços de até 10 mil metros de comprimento.
Fonte: Monitor Mercantil
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