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Pronto para receber a demanda

 

 

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Polo de Jacuí (RS), que construirá módulos para FPSOs do pré-sal, busca atrair indústria naval e ‘offshore’

 

O Rio Grande do Sul aposta no polo naval de Jacuí para absorver parte da demanda da indústria offshore. O primeiro passo será a construção e montagem de módulos para plataformas flutuantes de produção de petróleo e gás (FPSOs) demandados pela Petrobras.

A estratégia do governo gaúcho na região é reunir fábricas e fornecedores ao longo da hidrovia. Os módulos serão integrados aos oito cascos que estão sendo construídos pela Ecovix, em Rio Grande. Dentre os mais de 300 quilômetros da hidrovia, o primeiro trecho a ser explorado será o do município de Charqueadas.

 

O vice-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Aloísio Félix da Nóbrega, ressalta que a região leva vantagem na combinação entre calado, transporte hidroviário e mão de obra da área metropolitana. O trecho do rio Jacuí, em Charqueadas, está a 55 quilômetros de Porto Alegre, onde se concentram infraestrutura e mão de obra industrial. “Aqui para os empresários ficou claro que não existe apagão de mão de obra que é o grande pesadelo do setor”, destaca Nóbrega.

Ele explica que os cinco metros de calado serão suficientes para o transporte de estruturas pesadas, inclusive os módulos, que pesam entre 700 quilos e duas mil toneladas cada. “Em Rio Grande, onde há calados de 14 a 17 metros, o foco são investimentos para a construção de cascos. No polo do Jacuí, que tem calado de cinco metros, focaremos em empresas que produzem módulos e fornecedores”, detalha Nóbrega.

O vice-presidente da AGDI comemora que a área disponível no município de Charqueadas já está praticamente ocupada por cinco empresas: Iesa Óleo e Gás; UTC Engenharia; Engecampo Engenharia Industrial; Metasa; e Tomé Engenharia. Juntas, essas empresas ocuparão uma área de 1,2 mil hectares na beira do rio Jacuí. A Metasa, de Marau (RS), deve ser beneficiada por já ser fornecedora da Iesa, que construirá módulos de compressão de gás para a Petrobras. A empresa faz as estruturas dos módulos e a entrega para Iesa, que realiza a montagem.

No final de agosto, a Iesa Óleo e Gás assinou protocolo com o governo gaúcho para a construção de uma unidade com 350 mil metros quadrados de terreno, sendo 19 mil metros quadrados de área construída, em Charqueadas, às margens do rio Jacuí. Lá serão fabricados 24 módulos de compressão para seis plataformas da Petrobras, com opção de entrega de mais oito módulos para outras duas replicantes do pré-sal. Os investimentos nessa unidade somam R$ 100 milhões e 1,5 mil postos de trabalho devem ser gerados.”Esse contrato da Iesa com a Petrobras é a certidão de nascimento. O polo de Jacuí é uma realidade”, avalia Nóbrega.

Com sede no Rio de Janeiro, a Iesa Óleo e Gás é controlada pela Inepar S.A. — companhia brasileira de engenharia, construção e montagem, que atua no mercado de petróleo. A empresa utilizará equipamentos produzidos na fábrica de outra controlada da Inepar: a Iesa Projetos, Equipamentos e Montagens, localizada em Araraquara (SP). De acordo com a Iesa, os módulos serão empregados para compressão de gás, injeção de gás natural e CO2 nos poços com objetivo de incrementar a produção de petróleo.

Nóbrega também destaca que o estaleiro EBR, no município de São José do Norte, obteve a licença de instalação e receberá US$ 450 milhões de investimentos. Além disso, os projetos da P-55 e da P-63 também serão construídos na região, pela Quip. “Com a expansão que já começou, a Quip poderá fazer a integração de três plataformas ao mesmo tempo. Não conheço outro estaleiro no Brasil que tenha essa capacidade”, destaca Nóbrega.

 

O governo gaúcho pretende, num segundo momento, incentivar a construção de um distrito industrial nas proximidades do polo de Jacuí a fim de levar empresas de menor porte, como fornecedores. Nóbrega lembra que o rio atravessa outros municípios que também poderão receber investimentos. Ele cita o caso de Pelotas, onde já existe investimento para construção de um estaleiro de pequeno porte dedicado a reparos navais. “As frotas sempre precisam de manutenção. Pelotas possui área, demografia e mão de obra que pode atrair investidores”, acredita Nóbrega.

Para viabilizar esses projetos, o governo gaúcho espera contar com a celeridade do processo de licenciamento. Segundo Nóbrega, a licença ambiental terá um tratamento prioritário no órgão de ambiente do governo. “No caso do polo naval de Rio Grande, de São José do Norte e da indústria oceânica ao longo da hidrovia, as licenças estão saindo em prazos muito interessantes para as empresas de uma forma que não inviabilize as oportunidades que elas enxergam”, garante Nóbrega.

 



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