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Quip está na disputa por obras de duas plataformas de petróleo

Até o final de outubro, deverá ocorrer a decisão sobre onde serão construídas as próximas plataformas de extração de petróleo e gás da Petrobras. O município de Rio Grande é um dos candidatos. "Temos hoje duas propostas com a Petrobras esperando a abertura de envelopes", revela o diretor-geral da Quip, Miguelangelo Thomé. Ele detalha que quem participa da disputa pela implantação das plataformas P-58 e P-62 são os sócios da companhia (Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Camargo Corrêa, IESA e PJMR).
Conforme Thomé, são seis os concorrentes pelos empreendimentos. A Quip já tem experiência em desenvolver plataformas na Metade Sul gaúcha, após a finalização da P-53. Atualmente, a companhia trabalha em Rio Grande nos projetos da P-55 e P-63. Enquanto a primeira será realizada no Estaleiro Rio Grande (dique seco), a segunda, que conta com a parceria da BW Offshore, será feita na área da Quip localizada no Porto Novo. As duas plataformas sairão prontas de Rio Grande e a previsão da conclusão dos complexos é no final de 2012.
A P-63 será uma plataforma do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading) e terá capacidade para processar 140 mil barris por dia de petróleo e 1 milhão de metros cúbicos diários de gás natural. A unidade, que terá um custo de US$ 1,3 bilhão, gerará 98 MWh de energia e armazenará até 1,4 milhão de barris de petróleo.
O casco do navio convertido que servirá de estrutura para a plataforma deverá chegar a Rio Grande em outubro do próximo ano. Já a P-55, que absorverá cerca de US$ 876 milhões, terá capacidade para trabalhar com 180 mil barris de petróleo por dia e 4 milhões de metros cúbicos de gás natural diários.
Outro empreendimento na área da construção naval que será realizado em Rio Grande é o estaleiro do Grupo Wilson, Sons. O diretor de estaleiros da companhia, Adalberto Renaux, relata que em um mês deve ser obtida a licença de instalação do complexo. Ele adianta que as obras serão iniciadas em 2011 e no mesmo ano deverão ser concluídas. O dirigente comenta que a empresa já começou o projeto da primeira embarcação a ser construída no município gaúcho. O navio, do tipo PSV (para apoio de plataformas de petróleo), deverá ser utilizado pelo próprio Grupo. A embarcação, que terá capacidade para carregar de 4 mil a 5 mil toneladas de carga, deverá operar a partir de 2012. Thomé e Renaux palestraram ontem no Congresso Internacional Navegar que se encerra hoje, em Porto Alegre.

Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Jefferson Klein


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