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Saem os módulos das replicantes

No valor de US$ 4,5 bilhões, dez primeiros contratos estão definidos. Os pacotes restantes saem em 18 meses

Em julho, a Petrobras e seus parceiros aprovaram a assinatura de 10 contratos para a construção e integração dos primeiros seis módulos topside (planta de processo, utilidades e alojamento) das oito plataformas replicantes do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo e gás). Essas plataformas estão sendo construídas no Brasil para o desenvolvimento dos projetos do pré-sal nos blocos BM-S-9 e BM-S-11, localizados na bacia de Santos. 

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As seguintes empresas serão contratadas para os serviços: Keppel Fels (módulos de automação e utilidades + integração dos FPSO 1 e 4); Mendes Júnior/OSX (módulos de automação e utilidades + integração dos FPSO 2 e 5); Jurong (módulos de automação e utilidades + integração dos FPSO 3 e 6); DM Construtora de Obras Ltda./TKK Engenharia (módulos de geração e tratamento de gás); Iesa Óleo e Gás (módulos de compressão de gás); Tomé Engenharia S.A./Ferrostaal (módulos de processamento de O&G).

Os dez contratos aprovados somam US$ 4,5 bilhões. O consórcio do bloco BM-S-11 é operado pela Petrobras (65%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda. (25%) e Petrogal Brasil S.A. (10%). Já o consórcio do bloco BM-S-9 é operado pela Petrobras (45%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda. (30%) e Repsol Sinopec Brasil S.A. (25%).

As FPSOs replicantes serão utilizadas na primeira fase de desenvolvimento definida pelos parceiros dos blocos. O processo de contratação dos dois módulos de topsides e dos pacotes de integração restantes para as oito FPSOs replicantes deverá ocorrer até o início de 2014 junto às mesmas empresas. “Em 18 meses poderemos confirmar a contratação da sétima e da oitava unidades”, afirma o diretor de exploração e produção da Petrobras, José Miranda Formigli Filho.

Paralelamente, o consórcio do bloco BM-S-11 optou por iniciar o processo de contratação de pelo menos um FPSO adicional, a ser afretado e usado em áreas que necessitam de plantas de processo diferentes daquela adotada para os replicantes.

As FPSOs podem ser construídas a partir de cascos de navios-tanque convertidos para receberem uma planta de processo ou a partir de cascos especialmente projetados para este fim. Na maioria dos casos, a opção pela conversão é mais econômica e com menor tempo de entrega. As FPSOs são chamadas de “replicantes” porque tiveram seus projetos reproduzidos e padronizados. Depois de construídas, cada FPSO terá capacidade de processamento de até 150 mil barris de petróleo por dia e compressão de seis milhões de metros cúbicos de gás.

No balanço de segundo trimestre de 2012, a Petrobras destacou os avanços nas contratações e no desenvolvimento da indústria local. Em agosto, a OSX e a Mendes Júnior assinaram contrato para a execução de um dos pacotes de módulos (pacote I) e da integração de duas unidades dos FPSOs replicantes P-67 e P-70. O projeto deve gerar cerca de três mil empregos diretos e sua duração é de 60 meses. De acordo com as empresas, os serviços de engenharia executiva começam imediatamente e o início de construção dos módulos do pacote para as duas plataformas está previsto para fevereiro de 2013.

O contrato inclui serviços de engenharia de detalhamento, fornecimento, fabricação e montagem de oito módulos de produção, previstos no pacote I. Também foram contratadas a montagem de dez módulos fabricados por outras empresas e a integração deles nos cascos da P-67 e da P-70, além do comissionamento e partida até a extração do primeiro barril de petróleo. As integrações contratadas, que incluem a construção de diversos módulos, têm prazo de entrega à Petrobras no estaleiro de aproximadamente 49 meses e 60 meses, respectivamente.

A eventual contratação da integração do terceiro FPSO ocorrerá em até 18 meses da assinatura do contrato, por opção da Tupi B.V. O contrato celebrado, de valor superior a US$ 900 milhões, será realizado pela OSX CN e pela Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A., com 49% e 51% da parceria, respectivamente. A construção ocorrerá no estaleiro da OSX, em São João da Barra (RJ).

De acordo com o plano de negócios da Petrobras (2012-2016), a aquisição dos equipamentos considerados críticos para a construção das FPSOs também já está definida: guindastes (MEP); turbogeradores (Rolls-Royce); compressores (Dresser); permutadores de circuito impresso (Meggit); remoção de CO2 por membrana (UOP); sistema de queimador apagado (Hamworth).



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