O grande desafio da Saint-Gobain no país, em 2016, é equilibrar seus diversos negócios para garantir o crescimento do grupo como um todo, segundo o presidente para o Brasil, a Argentina e o Chile, Thierry Fournier. "Sermos um grupo com mix de produtos diversificados e em constante inovação nos permite compensar os setores que não vão bem e manter nossas projeções otimistas", diz Fournier.
No Brasil, a companhia francesa atua nos setores de materiais de construção, no varejo de materiais, na cadeia automotiva e no segmento de óleo e gás.
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O grupo cresceu no ano passado, mas abaixo da expansão esperada. "O primeiro semestre foi melhor do que o mesmo período de 2014 e ficou acima da meta inicial, mas tivemos um segundo semestre mais difícil do que o previsto, com queda de volume", conta o executivo. Houve repasses da alta de custos para os preços em níveis maiores do que os dos anos anteriores. A empresa acelerou os planos de redução de custos e de aumento de produtividade.
Os investimentos previstos estão mantidos, de acordo com Fournier. "Continuaremos investindo, significativamente, em inovação e construção de novas unidades industriais para oferecer soluções eficientes e sustentáveis para o mercado nacional", diz o executivo. Neste mês, a empresa comprou a fabricante de tubos extrudados especiais SG Plásticos e a Industrial Potengy, focada em argamassas colantes.
Em relação ao mercado de construção, o executivo ressalta que os novos empreendimentos e as reformas refletem "os impactos da fraca economia e da falta de confiança do consumidor ". Segundo Fournier, a Saint-Gobain vai reforçar a estratégia de oferecer "soluções inovadoras" para todos os tipos de edifícios, e os negócios do grupo estão "bem preparados para enfrentar as dificuldades atuais", por meio também da diversificação geográfica e das aquisições realizadas.
Até junho, a Saint-Gobain inaugura um centro de pesquisa e desenvolvimento em Capivari (SP).
Fonte: Valor