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Santos em ascensão

Instituto Ilos aponta aumento de movimentação de carga na bacia nos próximos cinco anos. Campos terá crescimento menor

A demanda de carga movimentada nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo prevista para 2013 é de 3,26 milhões de toneladas. A Bacia de Campos será responsável por 57% desse total, enquanto Santos responderá por 34% e o Espírito Santo, 9%. Projeções do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) estimam um crescimento substancial da operação na Bacia de Santos nos próximos cinco anos. Em 2018, para uma previsão de 4,34 milhões de toneladas, Santos ficará com 50% do total, enquanto Campos demandará 46% e o Espírito Santo, 4%.

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Os números também mostram avanço proporcional de Santos em número de unidades de exploração e produção (E&P) nas bacias do Sudeste, região de maior produção offshore no Brasil. Em 3013 serão 110 unidades até o final do ano. Deste total, 74 unidades estarão localizadas na Bacia de Campos (67,3%), enquanto que 27 (24,5%) vão operar na Bacia de Santos e nove (8,2%) no Espírito Santo. Em 2018, estima o Ilos, 146 unidades estarão em operação no Sudeste, das quais 80 unidades na Bacia de Campos, representando 54,8%. Enquanto isso, na Bacia de Santos serão 58 unidades em operação (39,7%) e no Espírito Santo, oito unidados estarão operando (5,5%).

— Enxergamos nesses cinco anos uma mudança forte no direcionamento da carga para as unidades de E&P em direção a bacia de Santos — diz o professor do instituto, Marcus D’Elia. Segundo ele, os tipos de cargas nas bacias deve se manter sem alteração. Atualmente, 43% do volume movimentado nas operações de E&P são de água, 20% de carga geral, outros 20% de diesel e os 17% restante são fluidos e granéis. “Acreditamos que, ao longo dos anos, essa distribuição deve começar a variar. No entanto, não conseguimos enxergar isso ainda nesses próximos cinco anos”, afirma D’Elia.

O Ilos também identificou 11 áreas potenciais para instalação de novos portos de apoio offshore na região Sudeste. O professor destaca que a escolha dos novos projetos deve levar em consideração o posicionamento das futuras reservas no país. “Existem diversos projetos sendo elaborados e entendemos que é necessária uma avaliação cuidadosa disso. Hoje a demanda de Campos é muito forte e a de Santos é menor, mas isso está se invertendo. Então a localização do porto passa a ser cada vez mais importante para que se tenha o menor custo para essa operação”, diz D’Elia. Atualmente são nove os portos que atuam na operação de apoio offshore para as bacias do Sudeste.

O desenvolvimento de uma logística integrada é, segundo o professor, um dos principais desafios para que se tenha uma operação eficiente. Ele explica que a Logística Integrada de Alto Desempenho exige a entrega da variedade e quantidade desejadas de produtos no local correto no tempo previsto, sem danos e corretamente documentados. São essas as necessidades da cadeia.

— Uma das maiores reclamações de gerentes de plataforma de produção é a garantia de que o material necessário vai chegar a tempo. Existe, por parte das companhias, a necessidade de maximização do retorno sobre os ativos de manutenção, principalmente as embarcações por serem caras. Ter um ativo desse sendo bem utilizado é essencial para que se tenha uma boa operação com menor custo, que é exatamente o objetivo de integrar melhor a logística — explica D’Elia.

Tecnologia também é essencial para a melhoria da cadeia logística. Com ela é possível buscar maior integração e velocidade na cadeia. D’Elia também destaca que falta padronização dos processos de logística dentro das companhias. “Se formos comparar os processos logísticos dentro da cadeia de offshore com os de outros setores, ela é uma cadeia muito pouco padronizada, ou seja, as empresas não trocam informações entre si”, afirma.

Outro ponto que merece atenção é a qualificação. Segundo o professor, a capacitação de pessoal pode ser um limite à expansão da cadeia e por isso o assunto não deve ser negligenciado.

“Se a cadeia logística não funcionar, a produção também não funciona. Então a capacitação, seja para novas tecnologias, seja para os processos que serão implementados, é muito importante e precisa ser planejada. Hoje não vemos esforços conjuntos dentro das empresas para que se possa ter essa capacitação no grau que vai ser exigido da cadeia ao longo do tempo”, conclui. Marcus D’Elia foi um dos palestrantes da Navalshore, realizada entre os dias 13 a 15 de agosto, e abordou os desafios e as perspectivas da logística de apoio offshore.

 



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