Executivos da Royal Dutch Shell se reuniram na quinta-feira (10) com o presidente Michel Temer, em Brasília, e apresentaram detalhes sobre os US$ 10 bilhões que a multinacional pretende investir no Brasil ao longo dos próximos quatro anos.
O executivo da petroleira explicou a jornalistas ao final do encontro com Temer que o investimento será feiro, prioritariamente, em projetos associados à Petrobras na exploração do petróleo da camada do pré-sal.
PUBLICIDADE
"Estamos cientes de que precisaremos repor as nossas reservas aqui no Brasil para os anos 2020. Havendo a oportunidade, vamos olhar também a possibilidade de aprofundar nosso portfólio na área de downstream [refinamento de petróleo cru e processamento e purificação de gás natural bruto]", destacou Ben van Beurden.
"Além de ser um parceiro ativo da Petrobras como operadora, a Shell também deseja ser uma operadora no Brasil tendo a Petrobras como parceiro estratégico", acrescentou ele.
Investimentos adicionais podem ocorrer nos leilões previstos para 2017, que incluem áreas no pré-sal.
Segundo o presidente mundial da Shell, as estabilidades fiscal e regulatória serão também aspectos críticos para as próximas decisões de investimentos. No entanto, Araújo assegura que a empresa estará de olho em novas oportunidades.
Em entrevista exclusiva ao Portal Planalto, André Araújo afirmou que os "sinais positivos" apresentados pelo Brasil foram responsáveis por atrair os investimentos da Shell. "Mas tudo o que eu ouvi hoje do presidente e também dos ministros me mostra que teremos esse arcabouço positivo daqui para frente", observou.
Conforme foi divulgado, a Shell já investiu cerca de 30 bilhões de dólares em projetos brasileiros e atua como operadora de mais de 5,5 mil postos de gasolina. A nova lei, que irá à sanção presidencial, desobriga a Petrobras de participar de todos os blocos de exploração e, assim, possibilita atrair novos investidores.
Para o presidente mundial da petroleira, com a mudança nas regras do pré-sal o país "dá um movimento certo". Segundo ele, quase metade dos recursos investidos nos campos irá para os governos "sob as formas das mais diferentes receitas".
Fonte: Notícia da Grande Lisboa