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Siderúrgica dobra a capacidade e cria vagas em João Monlevade

A duplicação da usina do grupo ArcelorMittal em João Monlevade, Vale do Aço (antiga Acesita, fabricante de aço inox) é o primeiro investimento da maior siderúrgica do mundo a sair da gaveta depois da crise financeira mundial. As obras, que vão dobrar a capacidade produtiva em Monlevade, começam este mês, com investimentos de US$ 1,2 bilhão, US$ 100 milhões a mais do que o orçamento anunciando em 2008 e suspenso devido à desaceleração do mercado mundial de aço ano passado. Com a expansão, a produção anual de aço bruto da siderúrgica passará de 1,2 milhão, para 2,4 milhões de toneladas. Este ano, a produção estimada é de 3,7 milhões de toneladas, cerca de 25% superior a marca atingida no ano passado, o suficiente para retornar aos níveis pré-crise mundial.
Única usina integrada do grupo, o investimento em Monlevade vai criar 6 mil empregos indiretos no canteiro de obras. Até o momento, já foram investidos cerca de US$ 100 milhões em obras civis, e a expectativa é que o início da produção não ultrapasse 2012, quando serão abertas 600 vagas para mão de obra especializada, como engenheiros e cargos técnicos-operacionais. O montante corresponde a quase 50% dos empregos diretos gerados hoje. Segundo afirmou o vice-presidente na América Central e do Sul, Augusto Espeschit de Almeida, é possível que as contratações comecem antes de 2012.
Apesar de prever aquecimento do mercado interno e internacional do aço, com as obras do pré-sal e da Copa do Mundo, e também ponderar sobre o reajuste do carvão, sucatas e nova forma de reajuste trimestral do minério de ferro, a empresa não fez estimativas sobre mudanças na planilha de preços. "Isto está sendo avaliado pela nossa equipe de vendas. Em função da linha de produtos, pode ser que um item seja afetado e outro não", ressaltou o vice-presidente executivo, Gerson Alves Menezes.
O executivo criticou a concorrência do aço importado, que chega ao país tendo o preço como principal atrativo. "Nem sempre a concorrência é justa. Quando o país abre a porteira, a concorrência se torna predatória." Segundo a empresa, o câmbio favorável às importações acirra a entrada de produtos como o aço da Turquia. O executivo criticou ainda o controle de qualidade que, segundo ele, é rígido para o produto nacional que abastece o mercado externo, mas flexível para a mercadoria que vem de fora. "Um câmbio favorável ao produto nacional seria de pelo menos R$ 2,40", apontou Marcos Maia, vice-presidente de finanças.
A expansão de Monlevade, também revisou para cima a produção de laminados, linha utilizada na indústria automotiva, que estava prevista para 850 toneladas no projeto anunciado em 2008 e que agora passará a 1.150 toneladas. A usina utiliza minério de ferro extraído da Mina do Andrade, que receberá também investimentos na ordem de US$ 18 milhões, crescendo sua produção de 1,35 milhão de toneladas para 3,5 milhões.
O US$ 1,2 bilhão vai representar um incremento de aproximadamente R$ 200 milhões na arrecadação de tributos a partir de 2014, quando a usina entrar em plena operação. As obras incluem a construção de uma nova sinterização, um novo alto-forno que vai duplicar a produção atual de gusa e de uma terceira linha de laminação. A usina também vai duplicar a capacidade de produção de sua aciaria, que vai atingir 2,4 milhões de toneladas por ano quando entrar em operação. A ArcelorMittal não descartou investimentos em outras plantas do país, como na siderúrgica de Juiz de Fora. O Grupo controla 15 siderúrgicas em sete países, sendo quatro delas no Brasil.

Fonte: Estado de Minas/Marinella Castro






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