A indústria naval brasileira vai fechar o ano com mais de 80 mil postos de trabalho e carteira em torno de R$ 8 bilhões. Atualmente, o setor está construindo 222 embarcações. A informação, feita nesta segunda pelo presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Santana Rocha, para quem o ano de 2011 a expectativa é manter o mesmo patamar deste ano, inclusive o faturamento, em função do pré-sal.
- O balanço do setor naval para este ano é positivo, sem sombra de dúvida. E para 2011, nós estamos com expectativa das novas sondas já para iniciar trabalho no início de 2011. Acreditamos que, com essa nova demanda (pré-sal), nós vamos necessitar de mais de 20 mil trabalhadores, fechando o ano com mais de 100 mil trabalhadores dentro da indústria naval.
Quanto ao preço do aço, o executivo fez questão de frisar ao MONITOR MERCANTIL que o setor não vai enfrentar problemas.
- Nós não temos problemas em relação ao aço. O aço é uma commodities que sempre dá problema no preço final da embarcação. Mas, não acredito que o aço seja problema para os próximos anos porque as usinas estão se equacionando e inclusive o próprio instituto deles está com o olho melhor e bem voltado para o nosso segmento.
Ariovaldo Rocha foi homenageado ontem, na associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) pela "Comunidade Marítima do Estado do Rio". Ele recebeu uma placa em comemoração a data entregue pelo presidente do Sindarma, Hugo Figueiredo, que exaltou seu trabalho incansável frente à entidade no soerguimento do setor.
- A homenagem que estamos recebendo é pelo reconhecimento do trabalho que temos feito junto ao Governo Federal, evidentemente com a nossa equipe, e os colaboradores que sentiram vontade de nos homenagear. Na verdade, não sou eu, pessoa física; e, sim, uma instituição que está sendo homenageada - ressaltou, acrescentando que a indústria naval não tem problema de mão-de-obra - "o setor tem realizado treinamento, capacitação de profissionais. Estamos dependendo do ano que vem para ver se esse treinamento será suficiente para atender a demanda".
Fonte: Monitor Mercantil/Marcelo Bernardes
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