As 6 maiores Centrais Sindicais do país (CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CSB e Nova Central) articulam junto a confederações de empregadores uma nova versão do ‘Compromisso pelo Desenvolvimento’. Trata-se de 1 documento com propostas comuns a sindicalistas e empresários. O lançamento será em 17 de agosto (5ª feira).
Uma das demandas será a volta das exigências de conteúdo local na Petrobras. O dispositivo obriga a utilização de 1 percentual mínimo de produtos fabricados no Brasil nas operações dos vencedores dos leilões de privatização do setor. A Petrobras e demais empresas petrolíferas dizem que a regra encarece a produção, o que afasta investimentos no setor.
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Os sindicalistas afirmam, porém, que o retorno das antigas obrigações geraria mais empregos.
“Hoje, a Petrobras está comprando tudo de fora. A volta dos antigos percentuais fortaleceria a indústria nacional e ajudaria na geração de empregos”, afirma o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Em fevereiro, o governo federal anunciou a redução do percentual nas plataformas de exploração de petróleo e gás: caiu de 65% para 25%, incluindo serviços e materiais.
Presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf articulará as conversas com os empresários. A Força Sindical com os trabalhadores. O documento apresentará propostas também para o setor de de construção pesada, construção civil e indústria automobilística.
A ex-presidente Dilma Rousseff chegou a editar uma MP (medida provisória) com base no “Compromisso pelo Desenvolvimento” elaborado em dezembro de 2015. A matéria regulamentava os acordos de leniência, 1 dos tópicos que constavam no documento naquele ano. Com a crise política instalada pela aceitação do pedido de impeachment contra a petista, a MP não foi votada no Congresso e perdeu a validade.
Fonte: Poder 360