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Statoil inicia produção no Brasil e planeja ser líder no segmento privado

A norueguesa Statoil começou a produzir petróleo e gás no campo Peregrino, na bacia de Campos, no sábado. A produção deve alcançar 12 mil barris/dia ao longo desta semana e outros três poços serão conectados, um por semana, até o próximo mês. A empresa planeja chegar ao fim do ano produzindo 100 mil barris no país. "É um dia muito importante para a Statoil no Brasil. Peregrino é o maior projeto em produção tendo a empresa como operadora fora da Noruega", comemora o presidente da empresa no país, Kjetil Hove.

O início da produção de Peregrino é resultado de cinco anos de esforços da Statoil. Foram 25 milhões de horas trabalhadas e "muito esforço" de 800 pessoas ligadas ao projeto, algumas trabalhando na sede da empresa no Rio e outras nas duas plataformas de perfuração e na unidade de produção, enumera Hove.

Ao longo do ano a Statoil fará mais perfurações no campo, terminando 2011 com 14 poços perfurados na área, que fica a 85 quilômetros da costa e próximo à cidade de Rio das Ostras (RJ). Só então a norueguesa vai utilizar toda a capacidade instalada de produção da plataforma flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) Maersk Peregrino, que é de 100 mil barris de óleo equivalente por dia. A área do campo tem hoje duas plataformas de perfuração próximas à de produção.

Kjetil Hove não esconde a satisfação quando frisa que a Statoil concluirá o ano ocupando o posto de segunda maior produtora do país, atrás apenas da Petrobras. Entre as companhias privadas, a norueguesa vai tirar o primeiro lugar da Shell, que está produzindo atualmente no país 90,8 mil barris de óleo e gás, uma parte disso sendo da própria Petrobras, que é sócia dela no chamado Parque das Conchas.

Como a Shell planeja colocar em produção a segunda fase do Parque das Conchas entre 2012 e 2013, as duas empresas vão disputar o segundo lugar ainda por algum tempo, pelo menos até o início da produção comercial do pré-sal, quando a BG e a Repsol terão direito a grandes quantidades do óleo produzido, mesmo não sendo operadoras das áreas.

A Statoil não divulga quanto investiu em Peregrino, que tem reservas estimadas entre 300 e 600 milhões de barris recuperáveis. Hove informa que no período entre 2008 e 2016 a companhia vai investir entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões no país, com a perfuração de outras áreas, inclusive dois poços em Peregrino Sul.

No ano passado a empresa vendeu 40% de Peregrino para a chinesa Sinochem por US$ 3,07 bilhões, segundo maior negócio fechado na América Latina por uma petroleira chinesa desde 2002. A Statoil não tem destino certo para esse dinheiro, que poderá ser alocado no Brasil se a companhia tiver sucesso na exploração de áreas nas bacias de Camamu-Almada, Jequitinhonha, Espírito Santo, Campos e Santos, onde tem parcerias ou com a Petrobras, ou Repsol e Ecopetrol.

A Statoil vai perfurar oito poços exploratórios no próximo ano e meio. "Se encontrarmos óleo, e esperamos que isso aconteça, vamos usar o dinheiro (obtido com o negócio com a Sinochem) para desenvolver esses projetos", disse Hove ao Valor.

A Sinochem terá direito a 40% da produção de Peregrino. Segundo a Statoil, a companhia chinesa será a responsável pela comercialização do seu óleo, que será exportado. O óleo será retirado no mar, através de navios aliviadores que se conectarão à plataforma. A parte da Statoil será exportada inicialmente para os Estados Unidos e de lá para países que tenham refinarias capazes de processar o petróleo pesado, de 14 graus na escala do Instituto Americano de Petróleo (API na sigla em inglês).

Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner | De Brasília



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