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Todos na corrida pelos lucros do pré-sal

A Petrobras conseguiu fazer a maior captação de recursos da história mundial com R$ 120 bilhões, a União aumentou sua participação na empresa para 48% e está assegurada a distribuição de recursos para programas de combate à pobreza, de enfrentamento das mudanças climáticas e de desenvolvimento da educação, cultura, saúde pública e ciência e tecnologia.

Todo mundo está contente – com exceção dos demo-tucanos que achavam o melhor dar mais espaço para os investidores privados. Tirando eles, o Brasil inteiro trabalha na perspectiva de socializar os lucros e preparar sua região para atender a demanda do pré-sal.

No Litoral do Paraná, o clima é de otimismo e já existe um plano de investimentos nos portos. Paranaguá, Antonina e Pontal do Paraná seriam os municípios que mais lucrariam.

Na Carta de Antonina, entidades e órgãos públicos defendem a criação de uma Agência de Desenvolvimento do Litoral, para que toda a região seja beneficiada. A carta fala da necessidade de desenvolver ações coordenadas em todo o Litoral, do fortalecimento dos atores locais, promoção das instituições de apoio técnico, ensino e pesquisa, capacitação da mão de obra local e apoio ao empreendedorismo.

Pontal e Antonina

Seguindo a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), o litoral paranaense tem potencial para se transformar em um importante ponto de apoio para a exploração do pré-sal na Bacia de Santos. A norueguesa Subsea 7 e a italo-argentina Techint já receberam anuência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), para se instalar em Pontal do Paraná.

O município possui tradição na indústria naval, tendo sido sede de empresas que construíram componentes de plataformas para exploração de petróleo. Em Pontal, a profundidade natural na beira do cais é de 12 a 14 metros, contra 8 metros do Porto de Paranaguá.

A Appa também retomou as conversas sobre a instalação de um novo terminal portuário em Pontal, suspensas pelo ex-governador Roberto Requião. Depois da queda de braço entre Requião, que queria instalar um porto público e um grupo privado, a intenção do governador Orlando Pessuti é somar investimentos públicos e privados no Porto de Pontal.

Para a Appa, Antonina oferece as condições ideais para abrigar plantas industriais, pequenas empresas de reparo e de apoio à navegação marítima e ainda indústrias metal-mecânicas. No cálculo da administração dos portos, a Petrobras deve investir mais US$ 8 bilhões até o fim de 2013 apenas na região Sul e o Paraná pode ficar com a maior fatia deste bolo.

Nacionalização

Para Jean Carlos Alberini, da Câmara de Petróleo e Gás, o bom relacionamento com o poder público é um dos pontos mais importantes para que os empresários paranaenses possam aproveitar melhor as oportunidades. O setor aponta para excelentes oportunidades de negócios, já que o objetivo do Governo Federal é que 70% dos equipamentos usados no Pré-Sal sejam nacionais. Para se ter idéia, hoje este índice é de 40% na exploração e produção de petróleo e gás”, afirma Alberini.

Fonte: Correio do Litoral






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