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Uma taxa que penaliza todo o Rio Grande do Sul

Há muitos anos, o Brasil não tem Marinha Mercante de longo curso, mas existe uma taxa, o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante, que é cobrado sobre tudo o que o País importa por mar e que pesa sobre todos os brasileiros, mas, principalmente, sobre os gaúchos, porque outros estados conseguiram isenção. Criada em 1950, quando existia Marinha Mercante, desde então, devem ter sido arrecadados US$ 35 bilhões, cujo destino é desconhecido. Sabe-se, apenas, que vai para o Bndes. A informação é do presidente do Sindicato do Adubo do Rio Grande do Sul, Torvaldo Marzolla Filho, que está liderando um movimento para solicitar ao novo ministro da Agricultura, o gaúcho Mendes Ribeiro Filho, sua participação na luta para acabar com esta taxa, que aumenta o custo de vários produtos, entre os quais os fertilizantes, onde pesa cerca de 5% do total

Uma taxa II

A taxa foi criada por pressão dos grandes estaleiros Mauá, Verolme e Ikawajima, que tinham força, nos anos de 1950, e defendiam a cobrança de 25% sobre todo frete marítimo para o Brasil com a proposta de terem dinheiro para construir navios a preços módicos e, assim, constituir, uma Marinha Mercante nacional. Os navios não saíram, a Marinha Mercante não se criou, mas a taxa continuou sendo cobrada até hoje, 60 anos depois,  tem um custo em cada garfada de alimento que o brasileiro dá, pois pesa sobre os adubos, e tem efeito cascata nos custos de alimentos, energia e fibras. Só o Rio Grande do Sul paga, porque os estados do Norte, Nordeste e Sudeste conseguiram isenções. E, o que é pior, como o RS é o único estado que importa 100% dos insumos para fertilizantes, aqui o peso é maior.

Uma taxa III

Os gaúchos vão solicitar uma audiência ao ministro da Agricultura e pedir sua intervenção no assunto. “Sem esta taxa absurda, podemos baratear a comida e aumentar a competitividade das exportações agrícolas”, diz Torvaldo. Ele também não aceita que o Bndes use dinheiro da iniciativa privada, que é a taxa paga, para financiar estatais como a Petrobras. “O ministro deverá ser sensível porque não há nenhum estado com mais direito à isenção do que o Rio Grande do Sul”, concluiu. A arrecadação do Adicional ao Frete de Renovação da Marinha Mercante somou, em 2009, R$ 1,5 bilhão.

Reprodução bovina

Às vésperas da abertura da Expointer 2011, o Rio Grande do Sul já conta com uma central de reprodução bovina com as mais modernas biotécnicas disponíveis. Registrada no Ministério da Agricultura sob nº RS 13138-5, a Galapa Central de Reprodução é a primeira na execução de fertilização in vitro do Estado. O início de sua operação cria condições para os produtores de gado de corte e leite multiplicarem seu material genético, com ganho de produtividade com até 40 prenhezes matriz/ano e sexagem garantida. Instituições financeiras como o Banco do Brasil e o Sicredi financiam os procedimentos. A Galapa está estabelecida na BR-471, km 457, a 30 km da Vila da Quinta, no município de Rio Grande.

Fonte: JC / Painel Econômico - Danilo Uchoa






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