O casco da plataforma P-55, que entrou no Porto do Rio Grande em 16 de janeiro deste ano, permanece atracado no cais Sul do Estaleiro Rio Grande (ERG1, ou Polo Naval, como o denomina a Petrobras). Sua entrada no dique seco para ser unido ao deckbox (convés) estava prevista para a última semana de fevereiro, mas a operação, chamada de "mating", foi adiada. A previsão agora é que o mating seja realizado na última semana de março, segundo informou o gerente de Implementação de Empreendimentos para a P-55, Edmilson Soares de Medeiros, da Petrobras.

Essa operação consistirá no içamento do deckbox, construído pela Quip S/A dentro do dique seco, a uma altura de 54 metros, com o uso de 12 macacos hidráulicos em ação simultânea, e inundação do dique para entrada do casco embaixo dele. O convés pesa 17 mil toneladas. Construído no Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, o casco dessa plataforma é quadrado, tem 94 metros de lado e peso de 25 mil toneladas. Medeiros disse que o adiamento da operação se deve a "ajustes técnicos". Enquanto isso, seguem os preparativos dentro do dique seco para o içamento.

Depois do mating, que deverá durar em torno de três dias, será retirada toda a água do dique seco para fixação das estruturas e instalação de módulos sobre o deckbox. Em junho, a plataforma deve ser removida para o cais, onde será completado o processo de integração. A previsão de término da construção da P-55, que era dezembro deste ano, agora é para o primeiro trimestre de 2013. A P-55 é uma unidade do tipo semissubmersível, que atuará no Campo de Roncador, localizado na Bacia de Campos, onde ficará ancorada em profundidade de 1.800 metros e terá, no total 18 poços a ela ligados.

Essa plataforma é destinada à produção de 180 mil barris de óleo por dia e, junto com o petróleo, deverá produzir 4,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Em sua construção, no total, serão investidos de 1,5 a 2 bilhões de dólares.

Fonte: Jornal Agora (RS)/Carmem Ziebell

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