Por meio da infraestrutura da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e do Terminal de Praia Mole (TPM), a Vale aumentará, nos próximos dois anos e meio, o volume de carga que transportará para a Gerdau Açominas de 4,5 milhões de toneladas por ano para 6,2 milhões de toneladas por ano. Os produtos serão carvão mineral até Ouro Branco (MG), onde está a siderúrgica da empresa, e aço até o terminal de embarque de produtos siderúrgicos, no Porto de Praia Mole.
Conforme informações do gerente-geral comercial de logística da Vale, Élton Pássaro, será o maior volume a ser feito para a Gerdau Açominas, uma das três maiores siderúrgicas clientes da empresa. Os produtos siderúrgicos, principalmente o aço, seguirão da Usina de Ouro Branco (MG) pela EFVM, em direção ao Porto de Praia Mole. Neste fluxo, serão movimentadas cerca de 2 milhões de toneladas por ano.
No sentido contrário, de Praia Mole até o interior de Minas, onde funciona a unidade de produção de aço da Gerdau Açominas, a Vale fará o transporte, também pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, de carvão mineral, que é um dos insumos utilizados na fabricação de placas e tarugos de aço. Este contrato deverá atingir movimentação de 3,2 milhões de toneladas anuais em 2012.
Hoje, 30% do volume total transportado pela logística da Vale pertence à Gerdau “e o aumento de carga nos próximos dois anos e meio é muito importante para a companhia”, ressaltou Pássaro.
O contrato prevê a garantia do nível de serviço entre as partes, ou seja, qualidade na entrega, com prazos definidos. A assinatura dos contratos com a Gerdau Açominas é um marco importante na estratégia da área de logística da Vale, segundo o executivo. “Formalizar compromissos de longo prazo com as grandes siderúrgicas e os serviços de logística que estamos fornecendo vão aumentar a competitividade dos produtos da Gerdau Açominas", explica o gerente-geral comercial de logística da Vale, Élton Pássaro.
Eike: Vale desafia China ao impor guerra de preços
São Paulo
O presidente do grupo EBX, Eike Batista, declarou ontem durante gravação do programa Roda Viva, da TV cultura, que a Vale desafiou os chineses para a guerra ao aumentar os preços do minério de ferro em meados do ano. “Não se pode declarar guerra de preços com a China”, disse, destacando que os chineses são grandes investidores no Brasil.
O empresário se referiu à Vale como a única empresa que pode dizer para a China “vou te dar um contrato enorme de suprimento de matéria-prima e cumprir”. Segundo ele, os chineses “gostam de falar com a Vale porque é como falar com o governo”.
Sem citar o nome do presidente da Vale, Roger Agnelli, Eike afirmou que “mais da metade do CEO - Chief Executive Officer - está no lugar errado”. “Se somarmos as participações de fundos de pensão na Vale, a participação majoritária é do governo, mas o Roger opera aquilo da cabeça dele”, disse.
Questionado sobre quem colocaria à frente da Vale no lugar de Agnelli, Eike respondeu que teria de pensar e, quando perguntado se o presidente da Vale é um de seus adversários, negou. “Não é. Minha meta hoje é passar os que estão na minha frente. Sou competitivo mesmo. Vejo uma possibilidade gigantesca de consertar coisas no Brasil”, disse.
Conforme Eike, o que Agnelli “fez de certo” diz respeito à atuação da Vale no setor de fertilizantes. O presidente do grupo EBX é filho de Eliezer Batista, que foi presidente da Vale e ministro de Minas e Energia. Há quem questione se Eliezer teria entregado a Eike o mapa do subsolo brasileiro. “Sou um dos sete filhos. Meu pai não deixou nenhum filho chegar nem perto de nenhuma subsidiária da mineradora”. “A Vale ajudou o Japão a se industrializar. Eu estou tendo a chance com a China, que é dez vezes maior, de fazer o mesmo”, disse.
Fonte: A Gazeta (ES) Vitória/Denise Zandonadi
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