A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) batiza nesta terça-feira (3) o primeiro veleiro de expedições e pesquisas oceanográficas do Brasil. Também é a primeira embarcação do gênero construída por uma universidade.
Com 60 pés, o veleiro "ECO" foi construíco nas instalações da Inpetro, no Sapiens Parque, em Florianópolis.
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A embarcação tem previsão de saída no início do mês de novembro com destino aos arquipélagos São Pedro e São Paulo ao leste de Pernambuco, a Abrolhos no litoral da Bahia e ao ponto extremo leste do território brasileiro, Trindade e Martim Vaz no Espírito Santo. Durante um mês, pesquisadores irão monitorar e estudar comunidades de plâncton, microorganismos que, por meio da fotossíntese, são responsáveis pela metade do oxigênio do planeta.
“O papel das expedições científicas oceanográficas é justamente o de monitorar e proteger a vida de ecossistemas marinhos. Por este motivo, desenvolver a ciência e a tecnologia do mar, além de promover a divulgação sobre a importância de um oceano limpo para futuras gerações devem ser uma das questões mais importantes do século 21”, explica o coordenador geral e comandante do veleiro "ECO", professor Orestes Estevam Alarcon.
Para realizar as primeiras análises a bordo com a equipe de pesquisadores das áreas de oceanografia, biologia, ecologia e engenharia, o veleiro possui uma plataforma de pesquisa para acomodação de equipamentos oceanográficos e um laboratório de análise da água instalado próximo à popa. Possui características de segurança e navegabilidade, permitindo expedições científicas de grande porte, incluindo as expedições polares, particularmente a Antártica. A motoração elétrica sem ruído e quilha retrátil também permitirão navegação em águas rasas de mangues e estuários de rios; áreas muito sensíveis ao adensamento urbano.
Características
Trata-se de um veleiro de Alumínio Naval – 5083 H116, de 60 pés, soldado com tecnologia TIG e MIG de última geração, sendo grande parte por métodos automáticos. Terá capacidade de hospedar comodamente até dez pessoas, entre pesquisadores e tripulantes. Possui características de segurança e navegabilidade, permitindo expedições científicas de grande porte, incluindo as expedições polares, particularmente a Antártica. Como características destacáveis, sua concepção com motoração elétrica (sem ruído) e quilha retrátil, permitirão navegação em águas rasas de mangues e estuários de rios; áreas muito sensíveis ao adensamento urbano e às obras hidroviárias.