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Venezuela consegue capital para participar da Refinaria Abreu e Lima

De acordo com o ministro de Petróleo e Energia da Venezuela, Rafael Ramírez, a estatal do seu país, PDVSA, já tem recursos financeiros suficientes para pagar sua participação no projeto da Refinaria Abreu e Lima com a Petrobras, em Pernambuco. A afirmação foi feita nesta sábado, dois dias após a presidente Dilma Rousseff e o líder venezuelano Hugo Chávez voltarem a afirmar que pretendem dar continuidade à parceria entre estatais.

"Estamos colocando o dinheiro como garantia e não há garantia mais sólida que o dinheiro vivo e aí está", disse Ramírez, durante encontro com países do PetroCaribe, em Caracas. "Agora resta ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fazer os trâmites para entrar na refinaria", acrescentou. A outra parte da garantia, de US$ 1,5 bilhão, virá de um fundo da Venezuela com a China (equivalente a R$ 2,6 bilhões).

O BNDES vai financiar R$ 9 bilhões do projeto à PDVSA, que pretende ter participação em 40% da Abreu e Lima. Os outros 60% da refinaria ficam com a Petrobras.

O projeto prevê processar 230 mil barris de petróleo diariamente a partir de um processo de construção total orçado em R$ 26 bilhões.

Uma reunião os diretores das empresas na última quarta-feira projetou o último avanço das negociações até o momento. A Petrobras deu um novo prazo de 60 dias à PDVSA para cumprir com as exigências contratuais, o que permitirá a participação da petroleira venezuelana na refinaria.

O acordo de projeto entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez se arrasta há sete anos. A PDVSA ficou por algum tempo negociando garantias de crédito com o BNDS para entrar no programa com 40% da refinaria, enquanto isso o projeto começou a ser construído unilateralmente pela Petrobras, sob ameaça de deixar os venezuelanos de fora.

Quando concluir o projeto, o Brasil deve importar 100 mil barris de petróleo diários da Venezuela, para serem processados pela refinaria em Pernambuco."Com ela nós vamos também contribuir para o que deve ser uma relação entre dois países em que os dois lados ganham", declarou Dilma Rousseff em Caracas.

Fonte: Agência Brasil






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