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Ano atípico

Maersk revisa crescimento para baixo no Brasil e não alocará espaço adicional no segundo semestre -- A Maersk Line Brasil revisou para baixo sua previsão de crescimento no Brasil, de 5% a 6% para 4% em 2014. Com esta decisão, a companhia deixará de alocar capacidade adicional no segundo semestre, o que tradicionalmente faz. Segundo o chefe de vendas da Maersk Line Brasil, Mario Veraldo, as greves, a Copa do Mundo e as eleições estão trazendo impacto sobre as operações, tornando este um ano atípico. “Com a Copa do Mundo, houve uma mudança na sazonalidade do comércio internacional, onde o primeiro semestre foi mais forte do que é normalmente”, diz ele.

O crescimento das operações do armador no Brasil foi de 4,1% no comércio internacional no primeiro trimestre, em comparação com o primeiro trimestre de 2013.


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As greves não estão impactando diretamente as operações, mas segundo o executivo existe um sentimento negativo entre os clientes, pois afetam o planejamento dos negócios. O fluxo de pessoas indo às compras, por exemplo, diminuiu por conta das greves e isso impacta o consumo e consequentemente a reposição de estoques. “Com a sensação negativa entre os clientes, a previsibilidade do nosso negócio é impactada. Precisamos de tempo para colocar navios que vão atender ao pico do semestre. E nós já tomamos a decisão de não trazer capacidade adicional no segundo semestre para o pico. No primeiro semestre, nós haviamos estabelecido uma configuração que não foi plenamente utilizada. Estamos com uma média de 15% de ociosidade”, ressalta Veraldo. “Em agosto, setembro e outubro se vê normalmente um aumento de volume em preparação para o Natal. Mas prevemos um aumento linear, não tão significativo”, diz ele.

Os fretes para o Brasil no primeiro semestre, especialmente da Ásia, atingiram níveis históricos de baixa. Peter Gyde, diretor geral da Maersk Line no Brasil, destaca que os fretes atuais são insustentáveis para investimentos em longo prazo.Veraldo afirma que os fretes precisam melhorar “até para manter a manutenção da capacidade instalada”.

No primeiro trimestre, o comércio brasileiro por contêineres cresceu 4,1% graças a um bom desempenho nas exportações e importações de produtos secos. No entanto, as cargas refrigeradas diminuíram, após um declínio nas exportações para a Europa e um comércio mais lento para a Ásia. A Maersk avalia que os indicadores apontam para uma melhora nas exportações no segundo semestre. “As economias estão melhorando no exterior e qualquer nova depreciação do real trará mais benefícios”, diz Veraldo. “Para as importações, o baixo consumo é um problema, mas ainda esperamos um aumento no segundo semestre deste ano”, acrescenta.

O desempenho dos portos brasileiros não constitui problema para a o armador, segundo Veraldo, para quem há hoje no país terminais de capacidade internacional, não só em Santos como em vários portos do Brasil. “Esses terminais atendem à necessidade que temos no comércio internacional. Mas não podemos esquecer que os acessos rodoviários são um gargalo que precisam de solução, e temos falado disso reiteradamente”, finaliza.






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