A Antaq participou da XLIX Reunião da Comissão do Acordo da Hidrovia Paraguai-Paraná, que aconteceu nesta quinta-feira (2), no Ministério das Relações Exteriores. O diretor da Agência, Adalberto Tokarski, apresentou o Estudo da Prática Regulatória, Vantagens Competitivas e Oferta e Demanda de Carga entre os Países Signatários (Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai) do Acordo da Hidrovia Paraguai-Paraná. A Antaq desenvolveu o trabalho a partir de convênio com a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Hidrovia Paraguai-Paraná
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O estudo apresenta três eixos (Infraestrutura, Mercado e Regulatório) sobre a Hidrovia Paraguai-Paraná, que possui mais de quatro mil quilômetros de extensão. O levantamento traz uma série de informações. Em relação ao primeiro eixo, o estudo aponta que os cinco países possuem 110 instalações portuárias, sendo 21 portos públicos e 89 terminais de uso privado ao longo da via aquaviária. Sobre a frota, há 2.941 embarcações registradas que circulam na Hidrovia Paraguai-Paraná.
No Eixo Mercado, o estudo aponta que a movimentação na Paraguai-Paraná alcança cerca de 85 milhões de toneladas. Entre os principais produtos movimentados, estão soja, milho, trigo e minério de ferro. A projeção para 2030 é de que a hidrovia movimente 287 milhões de toneladas.
Em relação ao Eixo Regulatório, o estudo apontou as diferenças entre Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Foram 12 itens analisados, entre eles, autorização para empresas de navegação; requisitos para implantação de terminais; e segurança de tráfego.
Em suas considerações finais, Tokarski afirmou que a hidrovia pode chegar a ser 66% e 13% mais barata que os modais rodoviário e ferroviário, respectivamente. Além disso, falta sistema integrado para conexão de toda a Paraguai-Paraná e há uma necessidade de uniformização entre as legislações dos países signatários.
Autoridades debatem viabilidade da Hidrovia Paraguai-Paraná
O diretor da Agência afirmou que, no dia 18 de setembro, na Antaq, ocorrerá um seminário que detalhará ainda mais o estudo. “O estudo é para o governo brasileiro, mas que vai beneficiar toda a região na qual a hidrovia está inserida. Não posso ter desenvolvimento regional apenas olhando para o Brasil”, disse Tokarski, informando que disponibilizará o trabalho para as autoridades dos países signatários do acordo.
Fonte: Ascom Antaq