A conclusão das eclusas de Tucuruí está entre os grandes investimentos que vão mudar a dinâmica socioeconômica da região
O governo do Pará, via Secretaria de Estado de Integração Regional (Seir), realizará as audiências públicas de elaboração do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Lago de Tucuruí nos próximos dias 4, 6 e 7 de novembro. O PDRS é um instrumento de planejamento das ações dos governos federal, estadual e municipal de longo prazo. O objetivo é atingir o esperado crescimento socioeconômico e humano.
Centenas de pessoas estão sendo esperadas nas audiências. "Estamos convidando toda a população do Lago de Tucuruí a discutir o futuro da região. É um debate muito importante", ressalta o secretário de Estado de Integração Regional, André Farias.
A 1ª audiência será na quarta-feira, 4 de novembro, em Jacundá, onde também estarão presentes autoridades e representantes do movimento social de Itupiranga e Nova Ipixuna.
A 2ª audiência será na sexta-feira, 6 de novembro, em Breu Branco, com a participação de Novo Repartimento e Goianésia. E a 3ª audiência será no sábado, 7 de novembro, às - horas, em Tucuruí. Todas as audiências iniciam ás 9 horas da manhã e terminam às 18 horas.
Realidade - O Lago de Tucuruí possui 322 mil habitantes (IBGE-2007) distribuídos num território de 40 mil Km2, perfazendo 8,08 habitantes por km2 (2007). O Produto Interno Bruto (PIB) foi de quase R$ 3 bilhões em 2006 e a renda per capita do mesmo ano foi de R$ 8.635,71 mil no mesmo ano. Essas cifras não são para menos. A região possui a maior usina hidrelétrica do Pará e a segunda maior do país no município de Tucuruí, que fica atrás apenas de Itaipu.
A energia de Tucuruí abastece parte do Pará, outros Estados e até o exterior. Por conta disso, Tucuruí é o município mais populoso da região, com 89 mil habitantes, e também possui o maior PIB, de R$ 2 bilhões; a maior renda per capita, de R$ 23 mil; e o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (2000), de 0,76.
A região tem entraves a superar, como levar energia a algumas comunidades ainda não atendidas e o aumento da barragem que vai exigir o remanejamento de famílias. Já entre os grandes investimentos que vão mudar a dinâmica socioeconômica da região está a esperada conclusão das eclusas de Tucuruí, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na ordem de R$ 548 milhões.
A obra vai viabilizar a Hidrovia Araguaia-Tocantins, outra obra de R$ 340 milhões do governo federal, que vai interligar o sul do Pará ao oceano Atlântico, através do Porto de Vila do Conde, em Barcarena. Esses investimentos prenunciam um expressivo crescimento para a região, exigindo um planejamento para o futuro, como investimentos em educação e saúde.
Inclusão - O Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) é baseado na inclusão social, na redução das desigualdades interregionais, no respeito às diversidades culturais, no fomento às atividades econômicas que gerem emprego e renda e no uso sustentável dos recursos naturais.
O PDRS é concebido dentro da estratégia definida pelo Plano Amazônia Sustentável (PAS), do governo federal, ao contemplar cinco eixos temáticos: o ordenamento territorial, regularização fundiária e gestão ambiental; o fomento às atividades produtivas sustentáveis; a inclusão social e cidadania; a infraestrutura para o desenvolvimento; e o modelo de gestão do plano.
SERVIÇO
1ª Audiência: Jacundá, dia 04/11, a partir das 9 horas, no Galpão de Eventos Santa Rita, que fica na Rua Santa Tereza, s/nº, Bairro Santa Rita, ao Lado da Escola Municipal Rosália Correia.
2ª Audiência: Breu Branco, dia 06/11, a partir das 9 horas, na Escola Severo Alves, que fica na Rua Floriano Peixoto, s/nº, Bairro Centro, próximo à Câmara Municipal.
3ª Audiência: Tucuruí, dia 07/11, a partir das 9 horas, no auditório da UEPA, que fica na Rua 4, s/nº, Bairro Santa Mônica.(Fonte: Agência Pará/Enize Vidigal - Seir)
PUBLICIDADE
