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Caminho seguro

Aumento do tráfego de navios indica oportunidade para vendas de equipamentos e desenvolvimento de tecnologia para balizamento


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Um dos requisitos mais importantes para a segurança da navegação, a sinalização vem ganhando maior espaço no ambiente aquaviário. A preparação de portos e hidrovias para recepção de novas e maiores embarcações traz a necessidade de investimentos para ampliar e modernizar os atuais sistemas de localização náutica. Esse processo vem acompanhado de novas tecnologias, que otimizam os equipamentos, tornando-os mais leves, eficientes e cada vez mais integrados aos painéis de controle das embarcações. Em contrapartida, alguns fabricantes e distribuidores de produtos de sinalização náutica avaliam que esse mercado isoladamente ainda não garante o sustento dessas empresas por conta de uma demanda ainda pequena, o que torna o mercado bastante competitivo.

 

Diante da disputa, os fabricantes nacionais procuram equiparar boias e faróis aos produzidos em países que estão à frente nessa tecnologia, para se diferenciar nesse segmento. Ao se adequar ao mercado, a fabricante Allo criou uma nova empresa, destinada a atender a portos, hidrovias e piscicultura. A Sul Marítima participará de licitações, visando a venda de boias de pequeno a grande porte. O diretor da empresa, Henrique Lotito, conta que entrou na área de boias de sinalização após a queda das vendas de coletes e boias para recreação. A Allo adaptou sua fábrica para linha profissional de equipamentos de salvatagem e, posteriormente, passou a apostar na sinalização. A Sul Marítima surgiu com objetivo de entrar diretamente no mercado de sinalização náutica e participando de licitações de portos em todo o Brasil.

Algumas empresas têm enfrentado dificuldades por conta do baixo investimento em sinalização náutica e deixaram de lado a linha de equipamentos para essa finalidade. Um empresário que prefere não ser identificado lamenta que os investimentos em sinalização náutica nos últimos anos estão sendo feitos praticamente somente pelos portos. Ele destaca que a Marinha investe em sinalização somente em raras situações emergenciais. "Essa obrigação de fazer essa sinalização passou para os donos dos portos. Quando a Marinha estava fazendo isso, estávamos desenvolvendo projetos. Quando as forças armadas tiveram corte nas verbas, praticamente saímos do mercado", afirma o empresário, que vem apostando em outros produtos e serviços.

A Marinha tem atuado na orientação, implantação, manutenção e na fiscalização da operação dos sinais que se encontram sob responsabilidade dos terminais privativos, como faroletes, balizas e boias que compõem os canais de acesso a terminais privados. O Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego (CAMR), localizado no Rio de Janeiro, é o núcleo da Marinha que cuida do assunto — há outros centros espalhados pelo país. A Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) é a divisão responsável por baixar as normas.

Nas diferentes regiões do país, exceto no litoral do estado do Rio de Janeiro, cabe aos Serviços de Sinalização Náutica (SSN), estabelecer, manter e operar os sistemas de sinais de auxílio à navegação de responsabilidade da Marinha. Fora da sede do CAMR e das sedes dos SSN, a manutenção e a fiscalização da sinalização náutica fica a cargo das capitanias dos portos e de suas delegacias e agências.

O capitão-de-mar-e-guerra e capitão dos portos do Paraná, José Henrique Corbage Rabello, ressalta que cada capitania deve apresentar grau de eficiência satisfatório da sinalização para a inspeção. “A Marinha tem a preocupação grande para que todos os portos tenham os índices de eficiência muito altos. A Marinha cobra veementemente qualquer possibilidade que afete a segurança aquaviária”, diz ele.

Rabello destaca que a formação de parcerias públicas tem sido uma das alternativas implementadas no litoral paranaense para vencer a falta de recursos e trazer melhorias para a sinalização náutica local. Um projeto piloto foi feito no acesso à baía de Guaratuba, município paranaense. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) cedeu oito boias que estavam em desuso, mas em bom estado para sinalização fora do porto organizado. Já a prefeitura de Guaratuba contribuiu com a manutenção do balizamento. A Marinha, por sua vez, presta a assessoria técnica da parceria. A sinalização era uma antiga reivindicação de pescadores e moradores da cidade. A sinalização foi entregue no início de novembro, em cerimônia conduzida pelo governador Beto Richa. “A sinalização garantirá a segurança do fluxo de embarcações, sobretudo em condições climáticas ruins, e também impulsionará o turismo náutico”, afirmou ele na ocasião.

O capitão dos Portos do Paraná conta que há interesse da prefeitura de Guaratuba que essa manutenção seja realizada por um pool da comunidade local. Segundo ele, esse grupo inclui iates clubes e pescadores da região. As cotas de participação ainda serão definidas. “As parcerias representam um custo da implantação baixo porque as partes aplicaram suas eficiências. Esse tipo de parceria pode ser estendido para outras prefeituras”, comenta.

 

Tecnologia. Os fabricantes e distribuidores têm apostado em equipamentos de sinalização com tecnologia atualizada. Consideradas mais resistentes, mais flexíveis e mais leves, as boias de polietileno vêm substituindo as pesadas boias de estrutura metálica. Um avanço importante foi conseguido com o uso de iluminação LED (Light Emitting Diode) nas lanternas e faróis. Boa parte dos portos, principalmente os privados, já adotou o LED, sobretudo pela economia de energia e pela maior vida útil em relação aos modelos antigos.

Além disso, as lâmpadas compactas possuem maior luminosidade, o que facilita a sinalização noturna. Aliada a essa tecnologia, painéis solares garantem o funcionamento dos equipamentos. Há alguns anos, havia grande limitação das boias porque as lanternas eram grandes. Como elas eram muito pesadas, era necessário armazenar mais energia. As lâmpadas eram incandescentes e não existia painel solar. As baterias das boias pesavam entre 20 e 30 quilos.

A Umi San desenvolveu um tipo de boia articulada buscando resolver dois problemas: o posicionamento e a instalação desses equipamentos. Segundo o diretor da empresa, Airton Antonio Rodrigues, o equipamento alia as vantagens de um farolete às de uma boia. Ele explica que o local onde o navegante avista a haste da boia articulada oscila menos de um metro, o que ajuda a evitar acidentes e, consequentemente, reduz a necessidade de dragagem nos portos. Rodrigues ressalta que, para usar boias flexíveis com segurança, é necessário espaço nas margens e no canal, na medida em que elas saem da posição devido às correntes.

A boia articulada da Umi San combina o peso com o empuxo do flutuante embaixo d’água. Em relação ao peso, Rodrigues apresenta solução para minimizar as dificuldades de instalação de boias articuladas e reduzir os custos. “Levamos a boia para o local e colocamos ar comprimido, como se fosse um submarino. Obtemos de novo a flutuabilidade dela alagando ou desalagando a boia na hora de fazer manutenção”, diz. Outra vantagem da boia articulada é que ela possui uma plataforma para colocação de medidores de corrente.

 

Demanda. A Inter Marine, fornecedora de boias, lanternas e sistemas de monitoramento, é uma das empresas que está conseguindo fechar bons contratos no segmento de sinalização. No principal deles, a empresa participa da mudança do balizamento no porto de Tubarão (ES), que está se preparando para receber navios da classe Valemax, os maiores de minério do mundo. Ao todo, serão 17 boias, entre flutuantes e articuladas. A instalação está prevista para ter início em 2012, após o término da dragagem, que está em andamento e deve acabar no começo do ano que vem. A Inter Marine é distribuidora das boias Mobilis, lanternas compactas Carmanah e sistemas de monitoramento JRC, que permitem visão noturna de até 12 milhas. O pacote inclui o projeto, fornecimento e manutenção.

De acordo com o presidente da Inter Marine, José Passos, a Vale e a Petrobras são os principais clientes da empresa. Ele estima que a Inter Marine já tenha instalado em torno de 200 boias e três mil lanternas em todo o Brasil. Passos destaca que os portos privados estão se adequando às novas tecnologias. Ele cita que a Vale está implementando essa modernização em Tubarão há três anos. Os outros três terminais da companhia — Mangaratiba (RJ), São Luís (MA) e Aracaju (SE) — também estão sendo modernizados com boias de polietileno e lanternas compactas. Dentre as instalações da Petrobras, a Inter Marine também forneceu equipamentos de sinalização para os terminais da Reduc (RJ), Ilha D’água (RJ), Guamaré (RN) e São Francisco do Sul (SC).

A Arbo Plásticos representa a norte-americana Tideland Signal, fabricante de equipamentos de auxílio à navegação. Em 2010, a empresa brasileira criou a Arbo Signal, uma divisão voltada para o segmento de sinalização náutica. A Arbo tornou-se representante de toda a linha de produtos da marca, que inclui boias de polietileno, lanternas de LED e sistemas de monitoramento.

Marcel Tetu, diretor da Arbo Plásticos, afirma que a expectativa de negócios é grande para os próximos anos. Segundo ele, estão acontecendo investimentos importantes em terminais públicos e privados e o número de licitações tem crescido por conta dessa demanda. Ele destaca ainda o crescimento das vendas no segmento de mineração e também para as empresas do grupo EBX.

O diretor da Arbo ressalta ainda o processo de modernização em curso. “A Marinha do Brasil está passando gradativamente a responsabilidade de sinalização náutica para cada autoridade portuária. As boias que eram fabricadas em aço estão sendo substituídas por boias mais modernas. De um modo geral os produtos de sinalização que estão chegando ao mercado, tem melhor qualidade, durabilidade e confiabilidade maiores”, disse.

Entre 2003 e este ano, a Arbo já entregou 118 boias Tideland para o porto de Paranaguá (PR), equipadas com lanternas e sistema de identificação automática (AIS, na sigla em inglês). No porto de Itaguaí (RJ), foram fornecidas 44 boias nos últimos anos. A empresa também venceu licitações nos portos do Rio de Janeiro, São Francisco do Sul (SC) e Natal (RN).

A Umi San tem obtido bons resultados no Espírito Santo. No terminal portuário de Ponta de Ubu (Samarco Mineração) foram instaladas 10 boias articuladas. Na área da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), foram três boias instaladas no canal de acesso ao porto de Vitória, onde a empresa venceu a licitação e assinou contrato para instalar mais 23 boias articuladas. No Terminal de Barcaças Oceânicas (TBO), da Arcellor Mittal, a empresa fará a colocação de outras três boias articuladas. Atualmente, a expectativa é para instalação de boias no porto de Tubarão.

Em setembro, o porto de São Francisco do Sul (SC) realizou licitação para a compra de equipamentos. O complexo passa por derrocagem de algumas lajes e dragagem do canal de acesso para viabilizar um calado de 14 metros. Por conta dessa obra, está sendo feito um novo projeto de balizamento para o canal. As obras possuem recursos do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento. O porto adquiriu 15 novos sinais náuticos, com lâmpadas compactas de última geração. Até o início de 2012, o novo sistema de sinalização deve ser implantado. “Assim que o projeto for aprovado pela DHN começamos a implantar os sinais”, afirma João Batista Furtado, do departamento de engenharia do porto de São Francisco do Sul.

A sinalização será um importante complemento das obras de aprofundamento e derrocagem, que serão concluídas com o berço 201 de atracação, com 280 metros. As mudanças em São Francisco do Sul têm como objetivo aumentar a segurança da navegação, sobretudo à noite. Com o término das melhorias, o movimento no porto pode aumentar em até 30% em 2012.

A administração do porto de São Francisco do Sul estuda ainda a colocação de equipamentos com sistema de informações de tráfego — VTMIS (Vessel Traffic Management Information System), já adotados em portos como o do Rio Grande e de Paranaguá. Esse sistema permite o acompanhamento do navio no acesso ao porto. Também está em análise a instalação de equipamentos para medição de corrente e marés. “Isso significa aproveitar as manobras o maior tempo possível. Inclusive a  espera pela mudança das marés, na busca da produtividade para que não haja tempo ocioso no berço de atracação em decorrência dessas situações climáticas”, explica.

Para Furtado, o ganho de tempo e a segurança são os principais resultados das melhorias da sinalização no porto. O terminal de São Francisco do Sul receberá entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão, que devem ser investidos em boias de polietileno e lanternas com lâmpadas LED e alimentação a energia solar. O primeiro lote de equipamentos foi comprado de uma empresa norte-americana, que já possui representante no Paraná.

A Belov Engenharia aposta no projeto e execução de sistemas de sinalização náutica para portos e barragens. Atualmente, a empresa faz a manutenção de um sistema de sinalização para a Transpetro no porto de Madre de Deus (BA). O contrato prevê a manutenção preventiva e corretiva desse sistema de balizamento do porto, cuja maioria das boias é articulada. Em 2003, a Belov venceu licitação para a instalação de boias de estrutura metálica no canal de Madre de Deus, realizadas entre 2004 e 2005. Para o engenheiro e diretor dos Serviços Subaquáticos da Belov, Juracy Gesteira Vilas-Bôas, se sempre houver sistema de rodízio para manutenção das boias em bom estado, elas podem durar até 30 anos.

“Estamos dando um tratamento na pintura. O sistema utilizado foi bem feito, aliado aos anodos que protegem a boia debaixo d’água. A Transpetro faz esse rodízio e, com isso, trocamos anodos velhos por anodos mais novos. E, teoricamente, os anodos protegem a boia. Não há por que ela se desgastar por corrosão. Temos observado que, quando removemos uma boia dessas, os anodos estão estragados e a boia ainda não começou a se estragar”, avalia.

Hidrovias. Os planos brasileiros de aumentar a navegação nos rios também incrementam a sinalização fluvial. Um dos principais exemplos é a hidrovia do Tietê que, até 2014, deve passar a transportar etanol, por meio de 20 comboios da Transpetro, que serão construídos. Atualmente, passam pela hidrovia basicamente granéis sólidos — soja, milho e cana. Em segundo lugar, são movimentadas cargas regionais dentro de reservatórios, como areia. Cargas mais dispersas, como açúcar, também são movimentadas ao longo dos mais de 800 quilômetros navegáveis do rio.

O consórcio Estaleiro Rio Tietê construirá 80 barcaças e 20 empurradores, que serão levados entre os centros produtores até regiões consumidoras e portos exportadores ao longo da Tietê-Paraná. Esse incremento traz a necessidade de ampliar a sinalização para o tráfego de mais embarcações e de nova carga. Ao todo, serão instalados mais de mil sinais na hidrovia Tietê, incluindo boias e sinalização de pontes. O engenheiro do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, Pedro Victória Junior, diz que a hidrovia do Tietê está na terceira geração de boias, com a utilização de modelos de polietileno. Anteriormente, foram utilizadas boias de aço e depois de fibra de vidro.

Para a sinalização do rio Tietê foi desenvolvido um plano de contingência dentro do comitê técnico, que inclui usuários, hidroviários e autoridades. Além da sinalização, está sendo preparado o sistema de controle operacional, com equipamentos de auxílio ao navegador. “Estamos nos preparando para receber acréscimo de carga significativo. Estamos adotando vários critérios operacionais mais rigorosos para o transporte do etanol”, conta.

A Allo tem crescido focando na venda de equipamentos de sinalização no interior. A expectativa para a ampliação de seus negócios passa pelas oportunidades com a abertura da eclusa de Tucuruí. Em consórcio, a empresa conseguiu o direito de fornecer os equipamentos para hidrovia entre meados de 2010 e outubro deste ano. A abertura das eclusas permitirá que toda a produção interna de grãos e minérios pelo rio Tocantins possa chegar ao porto de Belém e ser escoado para Ásia pelo canal do Panamá, não precisando mais ir por estrada para o litoral para depois subir por cabotagem até Belém. A hidrovia receberá um comboio de 14 mil toneladas de minério ou grãos, demandando investimentos na melhoria da sinalização na região.

 

Segurança. Passos, da Inter Marine, destaca que falta inovação para o setor de forma a implementar tecnologias mais avançadas de sinalização como a iluminação LED, por exemplo. Segundo ele, algumas pessoas ainda veem essas novidades com certa desconfiança. “O mercado está começando a se adequar porque há resistência muito grande por parte das autoridades marítimas em relação à troca dos equipamentos”, acredita. Ele estima que 80% dos portos sob controle do governo ainda utilizem materiais em aço e lanternas separadas.

Passos lamenta que os investimentos nos portos sejam aplicados basicamente em dragagem. “São feitas licitações e não se busca fazer a mudança do equipamento. Se não houver por parte dos administradores a consciência de querer mudar para equipamentos melhores, que vão gerar menos manutenção e mais segurança, a coisa não vai fluir”, alerta. O presidente da Inter Marine ressalta que uma boia de polietileno custa em torno de R$ 50 mil, enquanto uma boia de aço pode custar mais caro por conta do preço da matéria-prima.

De acordo com Furtado, do porto de São Francisco do Sul, por conta do crescimento do tamanho dos navios há hoje preocupação maior com a sinalização náutica. Ele destaca que a equipe do porto fica disponível 24 horas, resolvendo problemas de sinalização e controlando para não haver prejuízo nas manobras de acesso à atracação dos navios.

Entre as empresas entrevistadas, acredita-se que os fabricantes nacionais consigam avançar em tecnologia de sinalização náutica de forma a não perder mercado para fornecedores estrangeiros. Lotito, da Allo, revela que a empresa busca uma planta no interior de São Paulo para transferir sua atual unidade de produção, atualmente localizada em Diadema, na região do ABC paulista. O objetivo é reduzir custos operacionais e impedir o avanço dos preços. Os esforços visam manter, ou até reduzir, essa planilha em relação a abril de 2010, quando os preços foram atualizados. A empresa também enfrenta o aumento do aço e do petróleo.

No projeto da hidrovia Tietê, as boias são de fabricação nacional. Já as lanternas de sinalização náutica são de fornecedores internacionais, que ganharam licitação, concorrendo, inclusive com fornecedores brasileiros. Furtado, do porto de São Francisco do Sul, lembra que os portos nacionais estão atrasados no quesito investimento em sistemas de acompanhamento em tempo real de marés e ondas. “Acredito que o Brasil está começando a se inserir nesse mercado um pouco tardiamente. O mercado de navegação exige isso. Esse mercado ainda é um pouco restrito. Ainda não temos uma grande oferta no mercado desses equipamentos”, lamenta.

 






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