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Canal do Panamá investirá mais em sustentabilidade

Em resposta à intensificação dos impactos das alterações climáticas, a Autoridade do Canal do Panamá revelou uma mudança nas prioridades de investimento, sublinhando o compromisso de canalizar mais capital para iniciativas de sustentabilidade.

Foram reservados US$ 8,5 bilhões para investimentos de capital. E uma grande parte desse valor destina-se a iniciativas de descarbonização, ultrapassando o investimento feito na expansão inovadora anterior da hidrovia.

“Planejamos incorporar a sustentabilidade em investimentos de capital no valor de mais de 8,5 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos, ultrapassando os US$ 5,4 bilhões exigidos pelo Programa de Expansão do Canal do Panamá”, afirmou a autoridade do canal.

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O canal passou por uma expansão histórica com a introdução de novas eclusas em 2016, um esforço colossal para acomodar navios maiores e aumentar a capacidade global de trânsito.

Desse montante, a maior parte (US$ 3,5 bilhões) será destinada a infraestruturas e equipamentos, incluindo a instalação de uma central fotovoltaica e a compra de veículos elétricos e rebocadores híbridos.

Mais de US$ 2 bilhões serão dedicados a novas iniciativas centradas na sustentabilidade. A implementação de um sistema de gestão da água mais robusto também deverá exigir um investimento adicional US$ 2 bilhões. Os fundos restantes, de mais de US$ 1 bilhão, apoiarão a transformação digital e melhorias focadas na descarbonização na hidrovia.

A autoridade do canal trabalha com o Banco Mundial e a Corporação Financeira Internacional (IFC) num inventário de emissões de gases com efeito de estufa. A expectativa é que o inventário seja publicado dentro de seis meses.

Ainda este ano, o canal espera concluir uma avaliação de risco climático e comprometer-se com a iniciativa Science Based Targets (SBTi), que abrange metas de redução de curto e médio prazo. Isto preparará o terreno para a implementação de ações mais agressivas para cumprir as metas. O objetivo geral é atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050.

“Para atingir esta meta, prosseguiremos ações e envolvimento significativos, trabalhando com toda a cadeia de valor marítima para criar um ambiente propício para operações e desenvolvimento resilientes às alterações climáticas. Ao transformar o nosso negócio, estamos confiantes de que permitiremos que os nossos clientes e funcionários também se transformem, permitindo que todos superem os riscos climáticos e tenham sucesso numa nova economia climática”, afirmou a autoridade do canal.

No ano passado, confrontado com a seca, o canal ajustou os trânsitos diários para encontrar um equilíbrio entre o atendimento ao cliente e a salvaguarda do abastecimento de água aos panamenhos.

Em 3 de outubro de 2023, o reservatório de Gatún enfrentou um déficit diário de três milhões de metros cúbicos devido à baixa pluviosidade. Em 31 de outubro, os trânsitos diários foram gradualmente reduzidos para conservar água em meio ao outubro mais seco já registrado. No entanto, até 15 de dezembro, as medidas de poupança de água e a melhoria das chuvas permitiram um aumento nos trânsitos diários para 24 em meados de Janeiro.



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